8 de julho de 2015
O Seminário Nacional de Medicina de Família e Comunidade em Áreas Rurais foi realizado durante todo o primeiro dia do 13º Congresso Brasileiro de MFC, coordenado por André Luiz da Silva, também diretor de Medicina Rural da SBMFC. “O seminário foi muito rico. Os palestrantes e a plateia trouxeram considerações e questionamentos bem importantes acerca das políticas de formação, provimento e fixação de profissionais de MFC em áreas rurais”, avaliou.
Silva ressaltou a importância da MFC rural ser reconhecida como campo e área de conhecimento e qualificações. “Discutimos a atual do MFC rural na residência. Queremos, por exemplo, um R3 rural”, defendeu. Silva destacou que dois terços dos médicos do Brasil estão atuando na área urbana, sendo que a população brasileira está localizada proporcionalmente 50% na área urbana e 50% na área rural. “É fundamental que a medicina rural ganhe um protagonismo. O governo fala em interiorizar, mas ainda as ações são insuficientes. É preciso interiorizar os profissionais que estão na área urbana”, afirmou.
Foi maciça a presença dos médicos jovens, residentes e graduandos no seminário. “É muito válido o interesse desses jovens. Uma das medidas é a inserção precoce de graduandos em MFC para incutir o gosto pela APS. Vendo essa nova geração de MFCs presentes nos dá a sensação de que estamos no caminho certo. Isso é enriquecedor para a especialidade”, disse Silva.
O documento Carta de Natal será produzido ao final, discutindo o número absoluto de MFCs em áreas rurais remotas. Provimento, fixação e valorização profissional e salarial estão entre os temas de destaque.
Silva finalizou dizendo que o Grupo de Trabalho MFC segue de portas abertas para receber aqueles que se reconheçam como médico de família rural.