Em fevereiro, o governo federal anunciou um corte de verbas para a área de Ciência de R$ 1,48 bilhão, equivalente a 22% dos R$ 6,7 bilhões previstos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, alegou que a medida ajudará o governo a cumprir a meta cheia de superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública).
A decisão provocou protestos por parte de representantes da classe científica, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), Helena Nader, afirmou que os reflexos na produção científica serão sentidos. “O PAC da Ciência previa 1,8% em 2015, mas isso não vai acontecer”.
Segundo Helena, o Brasil está na 13ª posição na produção científica mundial, mas a ação do governo se contrapõe a esse avanço, diferentemente do que ocorre em outros países.
Já o presidente da ABC, Jacob Palis, afirmou em comunicado enviado à imprensa, que a entidade tem se manifestado frequentemente sobre a necessidade de aumentar os investimentos em Ciência, Tecnologia e Educação, como forma de assegurar ao Brasil uma posição de constante desenvolvimento em busca da prosperidade e da justiça social.
Fonte: Folha de São Paulo; com edição de RS Press