Durante o 13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade a Atenção Domiciliar foi tema de mesa-redonda entre os participantes do evento que acontece em Natal (RN). Após a abertura da mesa por Marcelo Rodrigues Gonçalves, diretor de graduação da SBMFC, coordenador da atividade e MFC no Rio Grande do Sul, Mariana Borges Dias, coordenadora de Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde, proferiu informações sobre como está o Programa Melhor em Casa e a parceria com a rede básica e saúde. “A Medicina de Família e Comunidade é aquela que permite fazer saúde em outro lugar além do hospital e nenhum outro lugar como o lar para mostrar como um indivíduo vive”, explica Mariana.
Além disso, o paciente entra na Atenção Domiciliar quando há perda de autonomia temporária ou definitiva, vulnerabilidade social, restrição ao leito para reabilitação e prevenção deste paciente e consequentemente sua família. É uma atividade cada vez mais crescente devido ao aumento de epidemias. O programa Melhor em Casa foi lançado em 2011, substituído em portaria três vezes e atualmente está em número 963/2013 que redefine a Atenção Domiciliar âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Melhor em Casa é um programa para determinada fase da vida e a partir de pesquisa constamos que 53% da atuação no programa é de Atenção Primária. O projeto conta com 1550 equipes habilitadas em 422 municípios com 81 mil beneficiários e mais de 299 mil internações.
Leonardo Cançado, das Universidades Federais de Ouro Preto e Minas Gerais, expôs a linha do tempo da Atenção Domiciliar a partir de sua implantação política e reforçou as classificações como AD1 responsabilidade da Estratégia de Saúde da Família, AD2 por EMAD/EMAP e AD 3, EMAD/EMAP mais uso de equipamentos.
Outro ponto abordado por Cançado foi o que faz o paciente deixar de ser ativo e ser um assistido pela Atenção Domiciliar. A resposta foi que depende de uma série de situações, a Atenção Domiciliar não é para todos os casos, a todo tempo, mas pode-se prever para um acamado, um paciente que não tem condição de locomoção.
Já Sati Jaber Mahmud, MFC do Rio Grande do Sul, proferiu informações sobre a transição do cuidado a partir da transferência de responsabilidade de equipes com estratégias para melhoria do processo. “Um tópico fundamental é a comunicação entre os profissionais de saúde que pode ser realizado também pelo resumo do estado do paciente que deve estar completo com todas as informações desde o início da internação para que o profissional que irá acompanha-lo tenha informações necessárias para prosseguir com o tratamento mais adequado”, explica Mahumud.