Comportamentos de automutilação não-suicida, tais como queimaduras ou cortes, têm taxas entre 14% a 24% dentre jovens e jovens adultos. Websites como o YouTube permitem a postagem e o compartilhamento de vídeos. Estes pesquisadores canadenses examinaram os vídeos de automutilação não-suicida no YouTube. Eles usaram o mecanismo de busca do site com a palavra-chave “automutilação”, revendo os 50 vídeos caracterizados mais vistos (utilizando um indivíduo vivo) e vídeos não-caracterizados.
Os pesquisadores descobriram que: " Os 100 vídeos mais vistos analisados foram assistidos mais de 2 milhões de vezes, e quase (80%) eram acessíveis à audiência geral. Os usuários classificaram os vídeos positivamente e selecionaram-nos como favorito mais de 12 000 vezes. A grande quantidade de vídeos era amplamente fatual ou instrucional (53%) ou melancólica (51%). Imagens explícitas de automutilação eram comuns. De modo específico, 90% dos vídeos não-caracterizados tinham fotografias de automutilação não-suicida, onde 28% dos vídeos caracterizados mostravam a ação da automutilação não-suicida. Para ambos, o corte foi o método mais comum. Muitos vídeos (58%) não alertavam sobre este conteúdo. "
Os pesquisadores concluíram que: "O tipo dos vídeos de automutilação não-suicida no YouTube podem promover a normalização da automutilação não-suicida e reforçar o comportamento através do ato de assistir vídeos cujo tema seja a automutilação não-suicida. Vídeos gráficos mostrando automutilação não-suicida são frequentemente acessados e recebidos positivamente pelos usuários. Esses vídeos promovem amplas informações sobre a automutilação não-suicida e /ou expressam uma mensagem de melancolia e falta de esperança. Os profissionais que trabalham com jovens e jovens adultos que promovem a automutilação não-suicida precisam estar cientes do alcance e do tipo de automutilação não-suicida no YouTube."
Este estudo caracteriza e traz à tona uma fonte potencialmente importante da exposição de comportamentos de automutilação entre os jovens.
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Pediatrics 127(23):e552-e557, março de 2011 © 2011 American Academy of Pediatrics
The Scope of Nonsuicidal Self-Injury on YouTube. Stephen P. Lewis, Nancy L. Heath, Jill M. St Denis, Rick Noble.
Categoria: P. Psicológico. Palavras-chave: automutilação, vídeo, YouTube, adolescente, estudo descritivo, observatório de revistas.
Sinopse editada por Dr Paul Schaefer, Toledo, Ohio. Postada em Global Family Doctor 12 de março de 2011