WONCA 2016: Desafios da saúde LGBT

4 de novembro de 2016

Na tarde da sexta-feira (4), o palestrante e médico de família britânico, Rafik Taibjee abordou suas experiências na Inglaterra e questionou os participantes sobre o atendimento e conduta com pacientes LGBT. 

 

Taibjee, que faz parte do grupo GLADD (Grupo de Médicos Gays, na tradução em português), iniciou sua palestra com algumas perguntas bem importantes sobre o tema. “Quando pensamos em história, eu pergunto: vocês sabem quando ser gay deixou de ser uma doença?”, questionou. Em 1992, por exemplo, houve a exclusão da homossexualidade do CID e, em 2001, na Inglaterra, deixou de ser crime a prática de relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo com menos de 16 anos. 

 

Além de datas e marcos, o especialista trouxe indicadores da população que se declara como gay, hétero ou bissexual. Para ele, é importante ressaltar os diretos LGBT na saúde e, principalmente, na abordagem com os pacientes. “Como vocês vão saber quantos pacientes seus são LGBT se esta não é uma pergunta que vocês fazem?”.

 

Indicadores de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) vieram acompanhados de dados sobre o “sexo químico”- feito sob efeito de estimulantes -, que deixam a população em estado de vulnerabilidade. Atualmente, segundo dados britânicos, a população que se declara bissexual está mais propensa a contrair DSTs, afirma Taibjee.

 

A questão da saúde mental também foi um dos temas abordados. A pressão da sociedade e a aceitação da comunidade trans é um dos grandes fatores da comunidade LGBT que desenvolve distúrbios e comportamento e, inclusive, alcoolismo. Taibjee destacou ainda a cobertura para transexuais e maneiras de abordar este público da maneira correta. 

 

No final da palestra, o palestrante solicitou a todos que se organizassem em grupos para responder e debater algumas questões propostas. 

 

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