A Coordenação do CFM convocou o Grupo de Trabalho sobre Pé Diabético para reunião realizada dia 8 de dezembro, com o objetivo de iniciar os trabalhos do grupo. Os membros participantes se apresentaram e pactuaram uma agenda para 2026 que terá como finalidade analisar prevenção, diagnóstico e tratamento do Pé Diabético no país, com foco técnico-científico e ético.
Na ocasião, em dado momento sobre a comparação da APS brasileira com o NHS – National Health Service, modelo de saúde britânico, o diretor do departamento de pós-graduação strictu sensu, Leonardo Savassi, representante da SBMFC no Grupo, apontou a necessidade de ter os especialistas clínicos da Atenção Primária presentes neste âmbito.
“A APS precisa de ter médicos preparados, mas os governos independente da sua matiz ideológica tem enxergado nos médicos recém-formados a solução para o provimento. É necessário que se comece a discutir a formação com qualidade, através da residência médica em MFC para ocupar essas vagas”.
Ainda, Savassi reforçou o papel dos MFC na coordenação do cuidado e nos processos de transição entre os níveis do sistema, indicando que o cuidado ao pé diabético é uma competência dos MFC, definida por seu currículo baseado em competências, e reiterado nas EPAS (Entrustable Professional Activities) lançadas este ano. Portanto, é o especialista adequado para estar nos serviços de APS nos setores público e suplementar.”
Ainda, para 2026, estão previstas para o GT, a produção de Diretriz técnica do CFM sobre Pé Diabético; Documento sobre práticas inadequadas e terapias experimentais; Proposta de parâmetros mínimos para serviços que tratam Pé Diabético e Recomendações éticas sobre oferta de terapias.
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