A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade lamenta a morte da vereadora e ativista Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um ato de execução sumária provavelmente relacionado com a atuação política da vereadora. Marielle, uma mulher negra, nascida e moradora da favela da Maré, lutava pela igualdade de direitos e aparenta ser uma vítima da crise política e moral que vive o país.
Eleita com mais de 46 mil votos, iniciou seu ativismo no ano 2000. Formada em Ciências Sociais pela PUC- Rio e mestre em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense, Marielle era presidente da Comissão de Defesa da Mulher e defensora dos direitos LGBT, na qual militava pela igualdade de direitos entre os gêneros e principalmente contra a violência contra a mulher e o racismo. Em 15 meses de mandato, apresentou 16 projetos de lei, sendo dois aprovados: sobre a regulação de mototáxis e contratos da prefeitura com organizações sociais de saúde, alvos frequentes de investigações sobre corrupção.