Referências sobre o tema LGBTIA+

5 de julho de 2020

Dia 28 de junho é dia Internacional do Orgulho LGBTIA+, uma data que remete ao dia 28 de junho de 1969, quando pessoas que frequentavam um bar em Nova York reagiram a um novo (e recorrente) evento de violência policial contra a população LGBTIA+.

Desde então, esse dia se tornou um marco da resistência e luta por direitos desta população. Tornou-se também referência para a organização das Paradas LGBTIA+ e para diversas atividades de denúncia contra opressão e LGBTIA+fobia.

Os primeiros conteúdos sobre LGBTIA+fobia institucional, pessoas intersexo, pessoas trans, bissexualidade, lésbicas, gays e assexualidade estão disponíveis no link

Como parte dessas atividades, ao longo da última semana, o GT de Gênero, Sexualidade, Diversidade e Direitos, trouxe alguns mitos que ainda influenciam na prestação de um cuidado adequado à saúde de pessoas LGBTIA+. A produção científica nessa área ainda é pequena no Brasil e os cursos da área da saúde ainda não incorporaram a temática aos seus currículos, o que faz com que as pessoas não heterossexuais e/ou não cisgêneras frequentem menos os serviços de saúde e recebam uma assistência inadequada e insatisfatória. Por outro lado, estudos nacionais já demonstram que os profissionais, não apenas se eximem da responsabilidade de atualizar seus conhecimentos, mas também não estão atuando nos serviços para que essas dificuldades sejam superadas.

As consultas ainda têm um padrão cisheteronormativo e uma grande dificuldade de comunicação, perpetuando assim a violência simbólica que as pessoas LGBTIA+ sofrem em vários campos da vida e que aumentam o risco de problemas de saúde ligados ao sofrimento mental, ao estresse a às diversas formas de violência: depressão, ansiedade, suicídio, doenças cardiovasculares, transtornos alimentares, infecções sexualmente transmissíveis, câncer.

Através da apresentação de mitos que costumamos ouvir e das evidências científicas em que devem se basear as condutas profissionais, esperamos trazer o que já existe nas pesquisas no Brasil e no mundo para a prática clínica diária. Finalizando a semana, apresentamos aqui sites, documentos, protocolos e artigos que trazem mais informações sobre o tema:

Protocolo para atendimento às pessoas transexuais e travestis no município de São Paulo. 3 de julho de 2020:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/Protocolo_Saude_de_Transexuais_e_Travestis_SMS_Sao_Paulo_3_de_Julho_2020.pdf

Associação Americana de Medicina de Família, sessão Science & Education, LGBT Health
Toolkit: https://www.aafp.org/patient-care/public-health/lgbt-toolkit/science.html

Roadmap to bisexual inclusion A guide for Scottish services: http://docplayer.net/151495673-Roadmap-to-bisexual-inclusion-a-guide-for-scottish-services.html

The Asexual Visibility & Education Network. Disponível em: https://www.asexuality.org/?q=general.html

Site do coletivo Bi-Sides: https://www.bisides.com/

Movement Advancement Project: https://www.lgbtmap.org/invisible-majority

Grupo Arco-íris: http://www.arco-iris.org.br/

Grupo Gay da Bahia: https://grupogaydabahia.com.br/

The World Professional Association for Transgender Health: https://www.wpath.org/