A Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (RBMFC) subiu mais um degrau na classificação Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A revista científica publicada pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) atingiu o nível B2 e agora faz parte da categoria de periódicos de excelência nacional.
O Quali Capes é um sistema que faz a classificação da produção científica dos programas de pós-graduação brasileiros, englobando todas as áreas do conhecimento.
A dupla de editores-chefe da RBMFC, Claunara Schilling Mendonça e Thiago Dias Sarti, comemorou a notícia e já vislumbra os próximos passos. “Só aumenta nosso desejo e responsabilidade de que a revista venha a ser o que foi almejado desde sua criação: ser uma referência na MFC e atenção primária à saúde (APS) na América Latina ou até na Iberoamerica”, salientou Mendonça.
A diretora Científica e de Desenvolvimento Profissional Contínuo da SBMFC Maria Inez Padula também celebrou o fato e fez questão de lembrar que o crescimento da RBMFC é fruto de um trabalho contínuo e acumulado ao longo de anos. “Este tento se deve ao trabalho havido, desde 2004, baseado em um grande investimento de colegas MFC que aceitaram o desafio de apoiar a edição da revista, bem como seu conselho editorial, e corpo de avaliadores e avaliadoras, naturalmente com apoio da diretoria e da secretaria administrativa da SBMFC”, resgatou.
O editor-chefe Sarti destaca, por exemplo, que a atual posição na Qualis derivou fundamentalmente da indexação do periódico nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), em 2018, e do Directory of Open Access Journals (DOAJ), em 2020.
Além do aperfeiçoamento das práticas editoriais que levaram à inclusão da revista em índices bibliográficos relevantes, o editor-chefe da RBMFC entre 2018 e 2021 e hoje editor associado, Leonardo Ferreira Fontenelle, também destacou a importância do crescimento do número de MFCs e outros profissionais fazendo pesquisas de qualidade em APS no país. “Isso tudo, junto ao trabalho árduo de revisão por pares, leva à publicação de artigos relevantes, que são lidos, usados e citados. E o crescimento na Qualis deve atrair ainda mais artigos de boa qualidade”, concluiu.
Aos interessados em se aprofundar nessa trajetória da RBMFC, Fontenelle indica três artigos editoriais publicados na própria RBMFC:
– Impacto social e acadêmico da Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
– Acesso aberto a artigos, dados e materiais de pesquisa na RBMFC
– Renovação das práticas editoriais e instruções aos autores da RBMFC a partir de 2019
Futuro
A RBMFC tem papel fundamental na qualificação da especialidade e na consolidação e aprimoramento da prática assistencial, da promoção e educação em saúde, do ensino, da gestão em saúde e, consequentemente, da qualificação da pesquisa no campo da APS e Estratégia Saúde da Família no Brasil e no mundo.
Para que o periódico continue em ascensão, a dupla de editores-chefe foca os próximos passos na internacionalização, com avaliação permanente do alcance dos critérios exigidos pelas bases, como artigos em inglês, resumos qualificados e relevância.
“A ampliação da qualidade nos artigos publicados na revista está relacionada com a ampliação dos mestrados – profissionais e acadêmicos – na nossa área, razão pela qual nossa meta é passar a ser B1, pois é o ponto de corte de pontuação nas avaliações quadrienais da CAPES para a pós-graduação brasileira”, explicou a editora-chefe Mendonça.