O transtorno do espectro autista é um termo guarda-chuva para descrever uma série de manifestações clínicas que incluem a díade de sintomas: déficit na comunicação social e comportamentos repetitivos. A prevalência estimada é de 1,5%, e o aumento na prevalência nas últimas décadas é devido a maior conscientização e inclusão de casos menos graves. Tem um forte componente genético, mas a etiologia é multi-fatorial. Os estudos de fatores ambientais do autismo ainda não tem repercussão clinica significativa para famílias que querem minimizar o risco em uma próxima gestação.
O prognóstico das crianças com autismo melhorou muito nos últimos 50 anos, com as intervenções e diagnósticos precoces e a desinsitucionalização. Apesar dos avanços, ainda precisamos entender melhor quais são as intervenções mais efetivas, mas sabemos que o tratamento individualizado e próximo da família é fundamental. O acompanhamento das famílias pelos MFCs é fundamental para que a família atravesse as diferentes etapas do ciclo de vida, antecipando os desafios de cada etapa e ajudando a família atravessar as dificuldades.
Published online August 2, 2018 http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(18)31129-2
Por Maria Helena Oliveira, vice-coordenadora do Grupo de Trabalho de Saúde Mental da SBMFC