Foi marcada para o dia 25 de abril a primeira mobilização médica nacional do ano na luta pelo estabelecimento de acordos entre profissionais e os planos e operadoras de saúde. A data foi definida no dia 2 de março, durante reunião da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (COMSU), realizada em São Paulo. Na ocasião, especialistas de diferentes regiões do País levantaram um cartão amarelo como forma de simbolizar o estado de atenção da categoria frente à saúde suplementar.
O ato dará continuidade às exigências e negociações estabelecidas ao longo de 2011. A pauta contempla o reajuste de procedimentos sem deixar de batalhar pela valorização da consulta médica, lutar pelo estabelecimento de contratos coletivos de trabalho entre operadoras e entidades médicas e discutir com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre a adoção da CBHPM como referencial para a hierarquização dos procedimentos.
Assim como nas paralisações nacionais realizadas pelo movimento no ano de 2011 os estados terão autonomia para definir de que forma farão suas mobilizações, tendo como base as diretrizes das entidades nacionais que encabeçam as ações: AMB, CFM e FENAM. Em São Paulo, por exemplo, os médicos devem realizar uma passeata na Avenida Paulista, seguida de prestação de serviços de saúde à população em caráter preventivo.
Ainda sobre o ato, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP) lançou a cartilha "Os médicos e os planos de saúde: Guia de direitos contra os abusos praticados pelas operadoras" , a qual aborda os principais problemas dos médicos com a saúde complementar, além de informar quais medidas devem ser tomadas em casos de abuso.
Apoio – Sociedades de Especialidades
Como forma de apoio ao movimento médico programado para o dia 25 de abril, as lideranças nacionais AMB, CFM e Fenam, solicitam às sociedades de especialidades médicas que enviem alguns dos valores pagos por procedimentos que estejam defasados às entidades. Os dados serão encaminhados à opinião pública, para conscientizar a população quanto à defasagem existente hoje nos reajustes de valores.
(Foto: Osmar Bustos)