19 de setembro de 2018
Expandindo a participação em eventos de diversas especialidades e abordagens de temas que fazem parte da rotina da Atenção Primária, as médicas de família e comunidade Denize Ornelas e Júlia Rocha participaram do V Simpósio Internacional de Assistência ao Parto. O evento realizado em São Paulo, durante os dias 7 e 9 de setembro, discutiu as diversas situações possíveis em realização de partos, meio de dados científicos e profissionais da área da saúde.
Para Denize , o convite para participação de médicos de família e comunidade em um evento de debates sobre parto e cuidados perinatais, é um reconhecimento do papel da especialidade na área, principalmente nos cuidados das mulheres e famílias no pré-natal e puerpério. A MFC participou de mesa redonda sobre palestra “O que falhamos no pré-natal no Brasil”, atividade na qual teve oportunidade para levantar as falhas relacionadas as causas evitaveis de mortalidades materna e infantil e a qualificação de processos que podem ser melhores administrados ainda durante o pré-natal. “Tive oportunidade de falar também sobre o modelo de assistência centrado na mulher, nas famílias, e da relação entre a chegada de uma criança e as mudanças de ciclo de vida que os pais se deparam durante a gravidez e o puerpério”, completa Denize, que é diretora de comunicação da SBMFC.
O tema do SIAPARTO de 2018 foi paciência ativa, com foco na escuta e espera para acompanhar os processos fisiológicos normais, porém reconhecendo os sinais de distócia para ajudar mãe e bebê durante o processo do parto e nascimento. Paciência ativa tem sido o tema chave do conceito Spinning Babies, que este ano fez parte de todo o corpo do Simpósio desde os cursos preliminares, até a programação oficial.
“O SIAPARTO é um espaço riquíssimo de discussão a respeito de diversos assuntos relacionados à saúde da mulher. Temáticas como os direitos sexuais e reprodutivos, planejamento familiar, pré-natal, emoções relacionadas ao puerpério, mortalidade materna são importantíssimos para a nossa prática e a nossa formação continuada. A Medicina de Família e Comunidade tem muito a contribuir com a construção de uma assistência cada vez mais qualificada para a saúde da mulher, pois traz consigo princípios fundamentais como a integralidade, o acesso, a longitudinalidade e a coordenação do cuidado”, explica Julia, que participou de discussões sobre Cuidado pós-parto centrado na pessoa e Questões raciais na assistência perinatal.