O Projeto Cuidado Integral à Saúde teve debate com casa cheia e interesse máximo na tarde de hoje, 22 de setembro, em mais uma mesa redonda do 17º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade (CBMFC). Trata-se de uma parceria na qual a SBMFC vem investindo com a certeza de que criará excelentes oportunidades para a ação de médicas e médicos de família.
A iniciativa visa disponibilizar atenção primária em saúde (APS) em maior escala para pacientes de planos e operadoras. Cuidado Integral à Saúde é uma parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) e o Institute for Healthcare Improvement (IHI).
A presidente da Sociedade, Zeliete Linhares Leite Zambon, fez a apresentação do projeto desde a origem com a participação de alguns membros da diretoria, como o vice Marco Túlio. Ela compartilhou os primeiros debates, entre parceiros e operadoras, além de citar os cursos de gestão. A propósito, a SBMFC tem a responsabilidade de coordenar os cursos de capacitação.
Ana Paula Cavalcante, da Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, iniciou a exposição apontando benefícios para o sistema, operadoras e pacientes. Em especial por ser alicerçado em pilares, como promover a coordenação do cuidado em saúde, tendo a APS como porta de entreda principal e eixo organizativo da rede assistencial; fomentar a adoção de boas práticas em APS na rede suplementar; monitorar os cuidados primários por meio de indicadores de evidências; estimular a implementação de modelos de remuneração inovadores para a melhora da qualidade assistencial e sustentabilidade do sistema.
Quinze operadoras estão no projeto-piloto. A meta é que os planos de saúde atuem de forma ativa, indo ao paciente, conhecendo seu histórico, antecipando-se no cuidado à saúde e disseminando inclusive a prevenção.
A implantação na APS, por consequência, significará redução de complicações e das intervenções de complexidade secundária e terciária. O paciente terá ganhos de saúde com uma assistência mais personalizada e humanizada, enquanto o sistema poderá investir recursos com mais racionalidade e eficácia.
Houve ainda uma palestra de Eno Filho, do HAOC, que tratou de aspectos como o da ampliação do acesso dos MFC na saúde suplementar, a partir do fato de reduzir idas desnecessárias a unidades de urgência e emergência.