Conheça a biografia dos indicados/as que poderão nomear a sala de reunião da nova sede

13 de novembro de 2024

A nova sede da SBMFC será inaugurada no dia 5 de dezembro, data emblemática para a especialidade, quando comemoramos o Dia Nacional do/a Médico/a de Família e Comunidade. 

“A conquista da sede própria da SBMFC contempla o crescimento da especialidade no Brasil, indicando o aumento do número de associados, que foi ampliado exponencialmente nos últimos anos e com essa nova demanda, foi possível contemplar a Sociedade com uma sede própria, com instalações adequadas para a realização do trabalho diário executado pela secretaria e diretoria”, explica Fabiano Guimarães, presidente da SBMFC. 

Neste novo espaço, há uma sala de reunião ampla, com espaço que comporta 30 pessoas, onde serão discutidas importantes pautas da especialidade, demandas dos/as associados/as, Grupos de Trabalho e Associações Estaduais, além de entidades e empresas parceiras. 

Para nomear esse espaço de decisões, a SBMFC convida a todos os associado/as adimplentes a votar na referência que mais impactou e contribuiu para o desenvolvimento pessoal e profissional de cada um/a, além da construção da Medicina de família e Comunidade no Brasil. 

O processo de escolha dos nomes foi feito a partir de sugestões de integrantes do Conselho Diretivo da SBMFC. A votação está aberta até o dia 17/11, na área restrita do site, com acesso a partir de login e senha. Antes do seu voto, conheça a biografia de cada concorrente que pode definir a sua escolha. 

Andreia Beatriz Silva dos Santos 
MFC referência em saúde prisional, é Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Doutoranda em Saúde Pública pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Médica da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) atua em uma Equipe de avaliação e acompanhamento de medidas terapêuticas aplicáveis à pessoa com transtorno mental em conflito. Professora Assistente do Departamento de Saúde da UEFS e pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinar em Desigualdades em Saúde (NUDES) da Universidade Estadual de Feira de Santana.

Barbara Starfield 
Ícone da medicina de família e comunidade, Starfield inspirou o trabalho de muitos dos MFCs, sendo exemplo de cuidadora incansável e defensora do exercício da profissão com base no amor e, sobretudo, cuidado ao paciente, por meio do estabelecimento de um elo de confiança e doação de si ao outro.

Carlos Grossman
Participou da criação de um dos primeiros programas de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (MFC) do Brasil, no Centro de Saúde Escola Murialdo – em Porto Alegre – e, posteriormente, foi coautor na criação da Residência em MFC do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Foi eleito global doctor em outubro de 2004, pela WONCA – World Organization of Family Doctors – , e, acima de tudo, contribuiu enormemente para o desenvolvimento da MFC como especialidade médica e para as bases da criação do Programa de Saúde da Família, de 1994. 

Carmen Lucia Fernandes Correa
Médica de Família e Comunidade, atualmente é médica e coordenadora do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade do Grupo Hospitalar Conceição. Tem experiência na área de ensino e clínica como preceptora com ênfase em Medicina de Família e Comunidade. 

Claunara Schilling Mendonça 
Médica de Família e Comunidade. Doutora em Epidemiologia pelo PPGEPID/UFRGS. Professora Adjunta da Faculdade de Medicina no Departamento de Medicina Social da UFRGS, Docente do Mestrado Profissional em Avaliação e Produção de Tecnologias para o SUS, do Grupo Hospitalar Conceição e Chefe do Serviço de Atenção Primária à Saúde HCPA desde setembro de 2020. Coordenou a Saúde da Família de Porto Alegre entre 1998 e 2001. Foi consultora e assessora do Ministério da Saúde de 2002 a 2008.

Ellis Arlindo D’Arrigo Busnello 
Uma das principais referências seminais para a especialidade de Medicina de Família e Comunidade e para a Atenção Primária à Saúde no Brasil. Foi Diretor do hoje denominado Centro de Saúde Escola Murialdo (em Porto Alegre – RS) de 1972 até 1982, onde  fundou, em 1976, uma das três primeiras Residências em MFC no Brasil.

João Werner Falk 
Presidente em cinco gestões (entre 1986 e 2004, nem sempre consecutivas) e também Diretor de Titulação e Certificação em duas gestões (2004/2006 e 2006/2008) na SBMFC. É Professor Titular do Departamento de Medicina Social da UFRGS e atua como professor e pesquisador nas áreas de medicina e de educação médica, com ênfase na Atenção Primária à Saúde e na especialidade. 

José Mauro Ceratti Lopes 
Nos deixou de forma prematura em 2017 e mesmo assim, seu legado continua marcando a trajetória de MFCs já atuantes e os em formação. “Zé Mauro” contribuiu imensamente com o desenvolvimento e ampliação da especialidade no país. Foi um dos autores do Tratado de Medicina de Família e Comunidade, livro referência para a especialidade que ganhou o prêmio Jabuti na categoria Ciências da Saúde em 2013, além de ter produzido diversos estudos e artigos científicos e de ter atuação destacada na graduação em medicina e na residência em medicina de família e comunidade no Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre.

Luiz Felipe Cunha Mattos 
Médico de Família e Comunidade, Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entre 1984 e 2012, ano do seu falecimento, atuou como médico de família e preceptor do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição. 

Marco Aurélio da Ros
Falecido em 2022, lecionou no Departamento de Saúde Pública, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) durante 34 anos, de 1977 a 2011. Durante sua carreira atuou na formação de médicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), lecionando no Programa de Residência Multiprofissional e Especialização em Saúde da Família. Foi Mestre em Saúde Pública pela Fiocruz e Doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina. 

Maria Inez Padula Anderson 
Médica de Família e Comunidade, Mestre e Doutora em Saúde Coletiva pela UERJ, onde atua como professora titular, co-cordenadora do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da FCM/UERJ e professora do Mestrado Profissional Prof-Saúde. Ainda, lecionou no Mestrado Profissional em Atenção Primária à Saúde (UFRJ) de 2015 a 2019. Foi presidente da CIMF e da SBMFC, entidades onde atua até hoje, compartilhando seus conhecimentos e fortalecendo a especialidade. 

Maria Odília Teixeira
Primeira médica negra do Brasil e a primeira professora negra da Faculdade de Medicina da Bahia. Cinco anos após conclusão de curso, lecionou Clínica Obstétrica, e inovou na sua tese inaugural quando pesquisou o tratamento da cirrose, tema inédito para uma mulher no Brasil. Falava cinco línguas fluentemente e se tornou figura emblemática quando o tema é a luta contra o totalitarismo.

Nise Magalhães da Silveira 
Considerada a psiquiatra que revolucionou os tratamentos humanizados para os pacientes com transtornos mentais ao se posicionar contra “métodos violentos, como o eletrochoque”. Em 1926, foi a única mulher a graduar-se em Medicina em uma turma formada por 157 pessoas.

Paulo Freire
Patrono da educação brasileira, conhecido pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, Freire desenvolveu um pensamento pedagógico que defende que o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. 

Ricardo Donato Rodrigues 
Foi um dos precursores da Medicina de Família e Comunidade no Brasil, a partir da criação do Programa de Residência da especialidade da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ. É considerado um dos pioneiros da especialidade no Brasil, autor de livros e diversos artigos científicos publicados.

Ruth Borges Dias
Médica de Família e Comunidade, é professora da Universidade José do Rosário Vellano, coordenadora do Internato Médico em Atenção Integral à Saúde, professora no Mestrado de Ensino em Saúde. 

Alma Ata 
Assinada em 12 de setembro de 1978, a Declaração de Alma Ata sobre Cuidados Primários reuniu pela primeira vez governos de diversos países para firmar o compromisso de fortalecer a APS no mundo, inclusive financeiramente, em especial nas regiões em desenvolvimento. Com a perspectiva do combate à desigualdade em saúde, o documento considera a APS a chave para que as pessoas atinjam “um nível de saúde que lhes permita levar uma vida social e economicamente produtiva” e promove a formulação de “políticas, estratégias e planos nacionais de ação” para cuidados primários de saúde.