Sábado, 23 de setembro: entra agora no ar Unidade Básica, mas só para médicas e médicos de família presentes no 17º CBMFC. Se alguém pensa tratar-se de fake news, a resposta é: só que não. Foi isso exatamente o que ocorreu no auditório principal do Centro de Eventos do Ceará. Um bom número de felizardos congressistas teve a oportunidade de um bate-papo muito especial com duas das autoras da série global, as irmãs Ana e Helena Petta.
Uma médica infectologista e de família e comunidade, Helena, e outra, atriz protagonista de Unidade Básica, Ana, compartilharam com a audiência como ocorre a concepção dos episódios, a magia e as dificuldades de ir mais a fundo em uma atração comercial e até colheram sugestões que podem vir a ser utilizadas em capítulos futuros ou como temática de uma nova temporada.
Helena e Ana destacaram a importância de uma excelente pesquisa para abordar todos e quaisquer assuntos de medicina e saúde. Para o capítulo que debateu HIV, entrevistaram infectologistas para serem precisas nas informações e para fugirem de estereótipos.
Estar no Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade. Acompanhar o que ocorre, ouvir boas novas e aflições e discutir ciência já são fontes ricas de pesquisa. Até a própria criação das personagens nascem do olhar, da observação da amplitude, do bem e do mal. Sempre há o certinho e o largado, o envolvido e o menos focado, e por aí vai.
“Não existem só tipos que se transformam ao entrar em uma unidade de saúde, como a Ana da série. Alguns simplesmente não se deixam tocar e optam por dar tchau à atenção primária e partir para outra área. Faz parte da tal vida real, é assim que funciona”, mencionou Helena.
A troca de experiências com o público, além de rica, trouxe casos bem bacanas. Como de um professor do Amazona que utiliza os episódios do Unidade Básica em aulas com seus alunos de residência:
“A riqueza da série é impressionante. O primeiro capítulo é uma nascente de questões que se encaixam em nosso mundo e precisam ser debatidos. É um programa que transita pela academia, docência, residência”, testemunhou o mestre manauara.