O quadro de sucateamento e abandono que atinge prontos-socorros e hospitais do País motivaram os Conselhos Federal e Regionais de Medicina (CFM e CRMs) a cobrar do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde transparência nas listas de espera para realização de consultas, exames, internações e, principalmente, cirurgias ou serviços especializados de maior complexidade. Em nota divulgada em 5 de dezembro, os médicos exigem das autoridades a divulgação desses dados e anunciam ainda que intensificarão as fiscalizações na rede hospitalar.
A manifestação foi aprovada durante reunião entre a diretoria do CFM e os 27 presidentes dos CRMs, em Brasília (DF). Para os Conselhos, apesar dos problemas apontados recorrentemente pelos médicos, Ministério Público, Defensoria Pública da União (DPU) e imprensa, permanece “a total falta de respeito dos gestores para com pacientes e profissionais da saúde, comprometendo a assistência e a vida de milhares de cidadãos”.
Recentemente, vieram à tona graves problemas que atingem o principal hospital da capital federal, o Hospital de Base de Brasília, como a falta crônica de insumos e medicamentos. Também nesta semana, repercutiu em cadeia nacional a denúncia da DPU do Rio de Janeiro, de que quase 13 mil pessoas aguardam na fila por cirurgias e outros procedimentos no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).
No documento, os Conselhos anunciam ainda que intensificarão as fiscalizações nas unidades hospitalares, com divulgação dos resultados encontrados e envio de relatórios aos órgãos competentes, como Ministério Público e Tribunais de Contas. O objetivo é denunciar os problemas existentes e obrigar os gestores a apresentarem respostas urgentes à sociedade.
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