Elaborada pelo GT de Mulheres da MFC da SBMFC e Anis – Instituto de Bioética, a Cartilha Gravidez Indesejada na Atenção Primária à Saúde foi atualizada recentemente com as mais recentes publicações da Organização Mundial da Saúde; inclusão da discussão sobre Interseccionalidades em saúde: aborto, raça e classe, incluindo a educação médica; expansão da discussão sobre violencia sexual e a garantia de atendimento por meio da Lei do Minuto Seguinte.
Para Evelin Gomes Esperandio, uma das co-coordenadoras do GT Mulheres na MFC, a cartilha é um instrumento que une uma série de documentos já disponíveis e torna muito mais fácil a compreensão de como acolher e manejar uma gravidez indesejada. “É um material de grande apoio para que profissionais da APS possam utilizá-la para consultas no dia a dia, sabendo o que é possível orientar e como fazê-lo. Com certeza uma ferramenta prática para a Medicina de Família e Comunidade”.
Além disso, a nova versão que atualiza a primeira lançada em 2021, traz maior discussão sobre aborto legal e risco de vida, entrega protegida, cuidados em aborto com discussão sobre os limites de objeção de consciência. Ainda, há adição de quatro novas histórias em quadrinhos ilustrativas sobre esses temas, com casos exemplos que podem ser usados em contextos formativos e de educação permanente em saúde.
“A APS é responsável por prover acesso ao sistema de saúde, está próxima à população e precisa estar capacitada para atender aos agravos de saúde mais prevalentes como é o caso da gestação indesejada. Apesar de muito comum, não é abordada em cursos de graduação ou especialização. Essa cartilha busca ajudar os profissionais de saúde a cuidar dessas pessoas da melhor forma possível, reduzindo riscos e dando apoio a essa situação tão desafiadora”, explica Carolina Reigada, médica de família que é uma das autoras da cartilha.
Ilana Ambrogi, pesquisadora da Anis – Instituto de Bioética, indica que a cartilha contém informações e atualizações essenciais para a garantia de cuidados no SUS a partir da APS. “É um passo importante para a justiça reprodutiva”.
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