Entre os temas centrais, Atenção Primária: Medicina de Família e Comunidade receberão palestrantes nacionais e internacionais de referência da especialidade
Entre os dias 28 e 30 de agosto, será realizado o 4º Congresso Nacional de Saúde, em Minas Gerais, com o tema Promoção da Saúde: Interfaces, Impasses e Perspectivas. Entre os destaques na grade científica, os assuntos Prevenção Quartenária, Medicina Centrada na Pessoa, Tomada de Decisão Compartilhada e o Seminário Internacional sobre Educação em Saúde com ênfase na APS e MFC irão proporcionar conhecimento e informações aos profissionais que atuam na APS e aos médicos de família. As inscrições estão abertas e a programação disponível no site oficial do evento: https://goo.gl/fUmAzS.
Organizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com apoio da AMMFC e SBMFC, o congresso terá entre os principais palestrantes que estarão no congresso realizado na capital mineira Arn Migowski, médico sanitarista e epidemiologista, Chefe da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede Instituto Nacional de Câncer (INCA); Nathan Mendes Souza, MFC, Professor no Programa ‘Iniciação à Atenção Primária à Saúde’ na UFMG; Lucas Knupp, MFC, Professor no Programa ‘Iniciação à Atenção Primária à Saúde’ na UFMG, Diretor de Ensino e Pesquisa da WaynaKay Brasil; Pollyana do Amaral Ferreira, multiplicadora do Movimento BH pelo Parto Normal e ativista da rede Parto do Princípio e Maria Sofia Cuba Fuentes, MFC, coordenadora do Programa de Mestrado em Medicina de Família e Atenção Primária da Universidad Peruana Cayetano Heredia, entre outros destaques. Além da MFC canadense e professora na Universidade de Laval (Quebec, Canadá), France Légaré, MD, PhD que falará sobre Tomada de Decisão Compartilhada e sobre formação de médicos na APS (graduação e residência).
Para Nathan Souza, palestrante e um dos organizadores do evento, a Atenção Primária: Medicina de Família e Comunidade é um dos temas centrais do congresso. “O modelo de saúde centrado na Atenção Primária à Saúde (APS) integrado aos níveis secundários e terciários é a opção mais segura, custo-efetiva e a que mais gera satisfação das pessoas, famílias e comunidades assistidas e dos profissionais de saúde”, explica.
A APS com equipes de saúde da família com especialistas em ‘Medicina de Família e Comunidade (MFC) provem cuidados mais acessíveis, longitudinais, integrais, coordenados, orientados à família e comunidade e culturalmente competentes do que as equipes compostas por médicos generalistas ou especialistas focais. Aumentar a cobertura e a qualidade da APS com MFC no Brasil, requer ensino, extensão e pesquisa colaborativos entre academia, governos, serviços públicos e privados de saúde e a sociedade civil organizada.
“As morte e danos à saúde iatrogênicos, a elevada insatisfação das pessoas cuidadas e dos profissionais de saúde e o desperdício de recursos escassos na saúde geraram movimentos pela renovação da prática clínica, como o Choosing Wisely no Canadá e no Brasil, ‘Fare di piu non significa fare meglio’ e ‘Slow Medicine’ na Itália. Além disso, o convite está aberto a todos os interessados para o diálogo sobre os conceitos e estratégias da Prevenção Quaternária (evitar danos às pessoas causados pelos profissionais da saúde), Medicina Centrada na Pessoa (cuidado centrado na pessoa e não no profissional, serviço de saúde ou no lucro) e da Tomada de Decisão Compartilhada (prática clínica que valoriza as preferências e valores das pessoas assistidas, muito das vezes, via ferramentas de apoio a tomada de decisão – decision-aids)”, argumenta o MFC.