O 13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade chega ao fim com cerca de 3.500 inscritos, mais de 100 atividades realizadas, recorde de trabalhos inscritos e a importante discussão acerca do tema “Não há SUS sem APS. Não há APS sem MFC”. "Tivemos várias atividades científicas que enriqueceram nossos conhecimentos”, avaliou o presidente do 13º CBMFC, Ricardo André Freire de Souza. O evento foi realizado entre os dias 8 e 12 de julho, no Centro de Convenções de Natal – Rio Grande do Norte.
O presidente da SBMFC, Thiago Trindade, expressou satisfação com todas as atividades realizadas, desde as mais clínicas voltadas à formação do MFC, com os temas de atualização com salas cheias, oficinas voltadas para abordagem individual, familiar e comunitário. “Foi um momento de grande confraternização não só dos MFCs, mas de todos os profissionais de saúde que atuam na APS, os estudantes de medicina, os residentes e os profissionais que vieram de outros países abrilhantar nosso congresso. Estamos bem satisfeitos com essa troca de experiências”, afirmou.
Para Trindade, o Congresso também foi muito importante para discussão das políticas públicas do Brasil, nesse momento em que tem se analisado a necessidade de mais MFCs para estruturação do sistema. “Saímos desse congresso mais amadurecidos do ponto de vista de quais políticas públicas queremos para o nosso país. Foi também muito importante a colaboração de todos os nossos colegas internacionais da região Iberoamericana assim como do resto do mundo. Tivemos a oportunidade de ter o presidente da organização mundial de MFCs, Michael Kidd, que também trouxe suas referências de MFC do mundo inteiro”, avaliou.
Durante o congresso foram realizadas mesas redondas para discutir a mudança do currículo na formação do estudante de medicina voltado para a APS, mesas para discutir como se dará o processo de universalização das residências em MFC no Brasil, e também para discutir a carreira, o modelo a qualidade de APS. “Ressalto também o papel dos estudantes de medicina e das ligas acadêmicas que teve uma programação própria, tem uma carta de intenções e busca estimular a formação do médico nas competências da MFC, buscando estimular a busca pela especialidade. Os médicos jovens e residentes também tiveram programação própria formulada pelo Waynakay Brasil. Foi muito interessante. Os grupos de trabalho foram bastante ativos, assim como as diretorias da SBMFC”, colocou Trindade.
O recorde de apresentação de trabalhos científicos, mais de 1.800 apresentações nos formatos de pôster e apresentação oral também foram destacados pelo presidente da SBMFC. “Isso mostrou a qualidade da nossa APS brasileira, que tem crescido bastante a cada congresso. Ficamos felizes por ter, nesse congresso, aberto as portas da produção científica. Esperamos que nos próximos congressos isso continue crescendo. Outra característica fundamental que marcou o 13º CBMFC foi a qualidade das mostras culturais. Foi muito rica a participação de todos os profissionais da APS”, citou.
O balanço positivo do Congresso foi finalizado com dois convites: WONCA Rio de Janeiro 2016 e 14º Congresso Brasileiro Curitiba 2017.