Fundamental para a prática da Medicina de Família e Comunidade, hoje comemoramos o Dia do Agente Comunitário de Saúde. Profissional que atua com planejamento do processo de trabalho, a partir das necessidades do território com priorização para população com maior grau de vulnerabilidade e de risco epidemiológico, é um membro da equipe da ESF, atuando de forma fundamental para que todo o processo de saúde tenha a resolutividade esperada.
Este ano, a SBMFC aproveita a data para reforçar a importância e valorização dos ACS, que atuam como ponte entre a comunidade e o serviço de saúde.
“Os agentes comunitários de saúde são o elo entre a comunidade e os serviços de atenção primária. Conhecem a condição de vida da população, a dinâmica familiar e social dos territórios, as características culturais, e isso muda o modelo de atenção à saúde permitindo que práticas de promoção e prevenção sejam incorporadas à assistência, assim como o entendimento da determinação social do processo saúde-adoecimento. A presença dos ACS nos territórios mudou as taxas de mortalidade materno-infantil no nosso país”, explica Brenda Costa, diretora de comunicação da SBMFC.
Cada médico/a de família e comunidade que atua na Estratégia Saúde da Família possivelmente, tem histórias de aprendizado e parceria com o/a ACS da unidade onde atua ao trabalhar em conjunto em locais de difícil acesso e alta vulnerabilidade.
“Nós ACSs, temos um papel junto à população que acompanhamos de promover, prevenir e fazer vigilância em saúde, além disso criamos vínculos que perpassam a relação profissional no sentido de viver junto aos nossos cadastrados suas alegrias, angústia etc, o acs tem também um papel mobilizador junto aos seus cadastrados para que busquem melhorias onde moram por exemplo. Quanto às lutas, estamos buscando a aprovação da PEC 14 da desprecarização e aposentadoria especial”, declara Wagner Souza, Vice presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Município do Rio de Janeiro – SINDACSRJ.
Brenda reforça que os agentes são os trabalhadores mais antigos do SUS, com lideranças históricas que participaram da criação do nosso sistema de saúde, como Tereza Ramos, ACS referência no Brasil. “Muitas vezes, é a categoria que tem os contratos mais precarizados da Estratégia Saúde da Família. Precisamos apoiar a luta pela valorização e consolidação dos ACS enquanto profissionais de saúde”.
Conheça mais a história de Tereza Ramos publicada na revista Trabalho, Educação e Saúde: https://www.scielo.br/j/tes/a/yTqcBCMpGd8MmP9TtDDFvfJ/?lang=pt