A presidente da SBMFC Zeliete Zambon esteve na Guatemala, entre 9 e 11 de novembro, para participar da VIII Cúpula Iberoamericana de Medicina de Família e Comunidade. O evento tinha como um de seus principais objetivos subsidiar a implementação da MFC no país sede, que ainda não possui a especialidade e está em processo de construção de um novo sistema de saúde.
Ao todo, integrantes de 19 associações nacionais de MFC estiveram presentes na cúpula. A presidente da sociedade brasileira foi convidada a falar no painel de abertura sobre a influência, conquistas e dificuldades da MFC na implementação do SUS no Brasil.
“A Cúpula foi muito importante porque deu a Guatemala a possibilidade de organizar a mudança do seu sistema de saúde ouvindo as experiências de diversos países. E entendendo que o trabalho de construção da MFC é contínuo”, disse Zambon.
O evento, organizado pelas autoridades sanitárias guatemaltecas em parceria com a WONCA-Iberoamericana-CIMF e a OPAS/OMS, culminou com a apresentação de dois documentos. A Declaratória de Guatemala firma o compromisso deste país em promover a MFC e, junto com outras estratégias como a Rede Integrada de Serviços de Saúde e APS, utilizá-la como base da reconfiguração do modelo de atenção à saúde nacional.
Já a Carta de Guatemala atende ao outro grande objetivo da VIII Cúpula e apresenta, em quatro tópicos, a atualização de diretrizes que devem balizar o desenvolvimento da MFC em toda a região. São eles (1) o perfil profissional; (2) a certificação e recertificação; (3) as condições de trabalho; e (4) o papel da especialidade na transformação dos sistemas de saúde do século XXI.