Com a confirmação do primeiro caso de coronavírus (COVID – 19) no Brasil hoje, dia 26 de fevereiro, pelo Ministério da Saúde, tomar medidas preventivas e orientar os pacientes quanto aos reais riscos é a dica da SBMFC.
O importante é sempre reforçar que por mais que o vírus tenha alto índice de contaminação, o risco de morte é baixo. Muitas pessoas infectadas podem desenvolver sintomas similares à gripe ou até mesmo nem desenvolverem os sintomas.
O novo Coronavírus (2019-nCoV) é um vírus identificado como a causa de um surto de doença respiratória detectado pela primeira vez em Wuhan, China. Os coronavírus causam infecções respiratórias e intestinais em humanos e animais; sendo que a maioria das infecções por coronavírus em humanos são causadas por espécies de baixa patogenicidade, levando ao desenvolvimento de sintomas do resfriado comum, no entanto, podem eventualmente levar a infecções graves em grupos de risco, idosos e crianças. Previamente a 2019, duas espécies de coronavírus altamente patogênicos e provenientes de animais (SARS e MERS) foram responsáveis por surtos de síndromes respiratórias agudas graves.
A prevenção deve ser feita por ações simples que não impactam a rotina da população:
Lavar as mãos antes e depois das refeições com sabão ou detergente. A ação deve envolver os dedos, as palmas e costas das mãos até os punhos.
Lavar as mãos do mesmo procedimento anterior após uso do transporte público. Caso não tenha acesso a algum toalete, ter álcool gel sempre na bolsa facilita.
Ao tossir e espirrar, utilize lenços de papel para evitar que as secreções sejam eliminadas no ar.
Além disso, evite apertos de mãos e cumprimentos no rosto.
Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.
Sobre o uso de máscaras. Recomenda-se aos que estão possivelmente infectados para evitar a propagação de gotículas e também pelos profissionais de saúde que farão atendimento a esse grupo. Além de minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo próprio Trabalhador de Saúde ou pelo paciente em condição de transporte.
A máscara cirúrgica é uma barreira de uso individual que cobre o nariz e a boca.É indicada para proteger o Trabalhador de Saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas à curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias.
É importante destacar que a máscara cirúrgica não protege adequadamente o usuário de patologias transmitidas por aerossóis, pois, independentemente de sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de máscara e não é considerada um equipamento para proteção respiratória (EPR).
Caso esteja com sintomas semelhantes ao da gripe como febre, tosse, gripe, aliadas a doenças respiratórias, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. O vírus é pouco resistente ao calor e como o Brasil tem clima tropical, a chance de um surto é menor que em países que têm inverno rigoroso. Oriente as pessoas que têm dúvidas a buscar informações por fontes oficiais e as conscientize a não disseminarem fake news, principalmente, as que envolvem problemas de saúde.
Referência:
Doença pelo Novo Coronavírus 2019 – COVID-19. Boletim Epidemiológico – COE COVID-19 – 21/02/2020. Disponível em <https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/fevereiro/21/2020-02-21-Boletim-Epidemiologico03.pdf>.
Brasil confirma primeiro caso de coronavírus. Agência de Notícias. Ministério da Saúde. 26/02/2020. Disponível em <https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46435-brasil-confirma-primeiro-caso-de-novo-coronavirus>
Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos para Trabalhadores de Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.