Pesquisadores holandeses inscreveram aleatoriamente 614 pacientes com fibrilação atrial permanente para se submeterem a estratégia branda de controle de frequência (frequência cardíaca em repouso abaixo de 110 batidas por minuto) ou uma estratégia estrita de controle de frequência (frequência cardíaca em repouso abaixo de 80 batidas por minuto e frequência cardíaca durante esforço moderado <110 batidas por minuto). O desfecho primário avaliado foi um composto de mortes por causas cardiovasculares, hospitalização por insuficiência cardíaca, e derrame, embolismo sistêmico, sangramento, e eventos arrítmicos de ameaça à vida. A duração do acompanhamento foi de pelo menos dois anos, máximo de três anos.
Descobriu-se que: "A incidência cumulativa estimada do desfecho primário em 3 anos foi de 12,9% no grupo de controle brando e 14,9% no grupo de controle estrito, com uma diferença absoluta no que diz respeito ao grupo de controle brando de -2,0 pontos percentuais. As freqüências dos componentes do desfecho primário foram semelhantes nos dois grupos. Mais pacientes no grupo de controle brando cumpriram a meta ou metas de frequência cardíaca (304 {97,7%}, vs. 203 {67,0%} no grupo de controle estrito) com menos visitas totais (75 vs. 684). As frequências dos sintomas e eventos adversos foram semelhantes nos dois grupos."
Os autores concluíram que: "Nos pacientes com fibrilação atrial permanente, o controle de frequência brando é tão eficaz quanto o controle de freqüência estrito, além de ser mais fácil de ser alcançado".
Então o objetivo para o controle de frequência em pacientes com fibrilação atrial crônica é inferior a 110 bpm.
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N Engl J Med 362(15):1363-1373, 15 de abril de 2010 © 2010 para a Massachusetts Medical Society
Controle de Frequência Brando versus Estrito em Pacientes com Fibrilação Atrial. Isabelle C. Van Gelder, Hessel F. Groenveld, Harry J.G.M. Crijns, et al. Correspondências para Dr. van Gelder: i.c.van.gelder@thorax.umcg.nl
Categoria: K. Circulatório. Palavras-chave: fibrilação, controle de frequência, ensaio clínico randomizado, observação de periódicos.
Sinopse editada por Dr Linda French, Toledo, Ohio. Publicado em Global Family Doctor, 4 de maio de 2010.
Traduzido para o Português pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, revisão técnica por Leonardo C M Savassi.
