Quem nunca caiu em uma fake News nas redes sociais ou aplicativos de mensagens instantâneas? Seja paciente, seja médico, todos estão vulneráveis a acreditar em notícias falsas, mas que podem causar grande alarde na população. Ainda em 2018, a cidade de São Paulo viveu um caos devido à notícia que casos de febre amarela urbanas estariam confirmados. Unidades básicas foram lotadas com pessoas dormindo na fila para se vacinarem porém, a maioria das pessoas não morava ou trabalhava em áreas de risco. Alarmados por áudios espalhados nas redes sociais, gravados por supostos especialistas, antes de checar a informação, a população corria para os postos, que muitas vezes ficavam sem vacinas devido à alta procura. Com um acesso cada vez mais fácil e rápido a notícias que chegam simultaneamente, por telefone, aplicativos, redes sociais, tvs, rádios e jornais, realmente fica difícil selecionar o que é verdade ou não.
É muito comum o compartilhamentos de notícias falsas em grupos de família e amigos que causam grande comoção, devido a confiança e segurança que o individuo tem aos membros daquele grupo. Entre os principais assuntos das fake News na área da saúde são sobre emagrecimento, câncer, diabetes. Esses conteúdos geralmente são baseados em relatos pessoais e não científicos.
Por vezes, informações publicadas em revistas científicas como verdadeiras mas que depois são desmascaradas, como a relação do risco de autismo e vacinas, dão forças a movimentos contra práticas médicas consagradas e seguras. Mesmo as reações graves das vacinas sendo raras, algumas pessoas que passaram por elas propagam seus relatos e situações individuais, sem mensurar as consequências, que nesse caso, também colabora com a queda no índice de crianças vacinadas e gerando grupos de crianças, futuros adolescentes e adultos desprotegidos.
As páginas consideradas de fake News são aquelas que não checam a veracidade das notícias, pois quanto mais sensacionalista, maior audiência terão e ocasionam uma grande busca pelo assunto no Google e, consequentemente, a automedicação.
Mas, como se prevenir e checar se as informações são realmente verdadeiras?
Não basta apenas fazer uma busca em sites de pesquisa, pois lá mesmo, é possível se deparar com páginas não confiáveis que repercutem a notícia, sem ao menos checar a veracidade dos assuntos pautados, nos quais os autores o abastecem com notícias polêmicas e que geram curiosidade para ganhar cliques e alavancar a audiência.
Para combater as fakes News e só compartilhar notícias realmente relevantes na área da saúde, siga os passos:
– busque informações sobre a fonte daquela matéria/boato. É conhecida? Tem boa reputação na internet? Os comentários dos seguidores são pertinentes?;
– Cheque sempre em sites de jornais e publicações científicas confiáveis se há algum estudo relacionado ao assunto ou algum especialista conhecido falando sobre o assunto;
– Não faça uso de medicamentos pesquisados ou indicados na internet sem consultar seu médico de confiança;
– Leia não só o título do texto em questão. Mas sim, todo o conteúdo. Geralmente, usam o título para chamar mais atenção, mesmo com conteúdo sem embasamento.
– Não se esqueça de checar a data da publicação. É comum notícias antigas serem compartilhadas como se fossem atuais. Algumas são até de cinco anos atrás;
– Se o texto tiver muitos erros de português e ortografia, desconfie mais ainda. Pois um texto sem qualidade jornalística não deve ser de autoria de publicações sérias.