Relatório “Saúde nas Américas 2012” alerta para a realidade das doenças crônicas não transmissíveis, as causas externas e a tuberculose no Brasil. Para o CFM, o levantamento internacional confirma a timidez do investimento público em saúde no País, além do consequente reflexo nos resultados alcançados pelo modelo de atenção nos campos do cuidado, prevenção e promoção.
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam um grande desafio. De acordo com o relatório da OPAS/OMS, no Brasil, em 2009, do total de óbitos, 72,4% foram em decorrência delas. As doenças cardiovasculares, causas externas e neoplasias provocaram 59% de todas as mortes de homens. Nas mulheres, as doenças cardiovasculares, o câncer e as doenças respiratórias representaram 61% das mortes. O documento aponta aumento da proporção de óbitos por neoplasias (11,4% em 1996 para 15,7% em 2010), doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (0,4% para 6,2%) e doenças do aparelho circulatório (27,5 % para 28,7%).
O fortalecimento da rede de atenção básica também teria reflexos em outros indicadores, como o de mortalidade materna, que poderia cair se houvesse garantia de melhor atendimento às gestantes – do pré-natal ao pós-parto. Embora tenha havido uma diminuição das causas de morte materna entre 1990 e 2010, período em que caiu de 141 para 68 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos, as projeções refletem dificuldades em cumprir a meta do quinto Objetivos do Milênio (ODM). A meta é baixar a taxa para 35 mortes para cada 100 mil nascidos vivos até 2015.
Informações: Portal CFM, com edição RS Press