Estes autores americanos compararam a reincidência de doenças após a descontinuação rápida de antidepressivos com a gradual. Eles compararam 398 pacientes com um diagnóstico DSM-IV de depressão nervosa reincidente (N=224), síndrome do pânico (N=75), transtorno bipolar II (N=62) ou transtorno bipolar I (N=37). Dois terços eram mulheres, com média de idade de 42 anos, e os pacientes foram tratados com antidepressivos por um período de aproximadamente 8,5 meses. Os antidepressivos foram descontinuados clinicamente rápida (cerca de 1-7 dias; N=188) ou gradualmente (cerca de 14 dias ou mais; N=210), com duração média de acompanhamento de 2,8 anos; os pacientes que ficaram doentes na descontinuação foram excluídos da análise.
Eles descobriram que: “O estado latente da primeira doença com a descontinuação rápida foi de 0,4 vezes que com descontinuação gradual, e o estado latente após a descontinuação rápida foi de um quarto da média estimada antes do intervalo inter-episódio nos mesmos pacientes. O efeito foi semelhante pelas classes de antidepressivos e ao longo dos anos; o ritmo da descontinuação teve menos efeito com drogas de meia-vida prolongada. O efeito também variou quanto ao diagnóstico (transtorno bipolar I maior que síndrome do pânico maior que transtorno bipolar II maior que depressão nervosa), mas não quanto aos episódios por ano, duração de doença indicadora, uso de tratamento concomitante, ou dose de antidepressivo ou duração.”
Os autores concluíram que: “O risco de incidência para depressão ou pânico foi muito menor após a descontinuação de antidepressivos rápida do que a gradual. Essas descobertas têm implicações tanto para a administração clínica quanto para o projeto e interpretação de experimentos clínicos.”
Isso realmente parece beneficiar os pacientes na eliminação gradual de antidepressivos.
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Am J Psychiatry 167:934-941, setembro de 2010 © 2010 American Psychiatric Association
Risco de Doença Após Descontinuação de Antidepressivos Rápida Versus Gradual. Ross J. Baldessarini, Leonardo Tondo, Carmen Ghiani, e Beatrice Lepri. Correspondência para Dr. Baldessarini: rjb@mclean.org
