O VI Simpósio Internacional de Assistência ao Parto, conhecido como SIAPARTO, realizou a edição de 2019, em São Paulo, entre 5 e 8 de setembro. Entre os palestrantes, as médicas de família e comunidade Denize Ornelas, Júlia Rocha e Thais Machado, participaram de discussões sobre perinatalidade e violência obstétrica, reforçando o papel da especialidade no cuidado da gestante a partir do diagnóstico da gravidez.
Denize, Mestre em Saúde da Família pela Universidade Federal de São Paulo, diretora de comunicação da SBMFC e coordenadora do Grupo de Trabalho Mulheres na MFC, abordou palestras sobre Violência contra a mulher e sua relação com classe e raça; Como e por que ser antirracista como profissional da perinatalidade? E Plano de parto como ferramenta de educação perinatal e combate à violência obstétrica.
“A participação de médicas de família e comunidade no SIAPARTO só reforça o papel fundamental que a especialidade tem nos cuidados oferecidos no ciclo gravídico puerperal. Cada vez mais médicos de família têm discutido a abordagem centrada na pessoa, abordagem familiar, especificamente quando está atuando no ciclo de vida. Participar de um evento multiprofissional onde a presença de muitos ginecologistas e obstetras, enfermeiras obstetrizes, doulas, profissionais da educação perinatal, psicólogos, só reforça a importância do nosso trabalho ser realizado em equipe e todas as contribuições que a nossa especialidade tem para oferecer às gestantes e famílias que estão em formação”, comenta Denize.
As aulas de Julia, que é preceptora do Programa de residência médica em Medicina da Família e Comunidade do Hospital Metropolitano Odilon Behrens em Belo Horizonte, tiveram as temáticas: Cuidado centrado na pessoa na perinatalidade e Construindo serviços de saúde seguros para mulheres negras. E Thais, Preceptora de graduação e residência em medicina de família e comunidade pela Universidade estadual de Campinas e Mestre em Saúde Coletiva pela Unicamp, abordou o Pré natal de mulheres em situação de rua e/ou uso de substância psicoativa: Clínica no Limite e o Limite da Clínica e Ampliando o debate sobre violência obstétrica: Perda de guarda na maternidade como violência obstétrica e Plano de parto para entrega protegida.
Denize Ornelas participa em uma das mesas sobre violência obstétrica. Crédito: divulgação/SIAPARTO.
Júlia Rocha no SIAPARTO. Crédito: divulgação/SIAPARTO.