No início de abril, o presidente da SBMFC, Gustavo Gusso, participou de dois encontros na Holanda. No primeiro, reuniu-se com especialistas que fazem uso do TranHis, considerado um dos melhores softwares para extração de análise dos dados de prontuários eletrônicos, desenvolvido por um grupo de 15 MFCs holandeses. Da reunião, Gusso estabeleceu parceria para adaptar a ferramenta para o uso dos médicos de família brasileiros. Nesta empreitada, a SBMFC contará com o apoio do MFC Gustavo Landsberg, atual coordenador do GT de Classificações e Prontuário Eletrônico da Sociedade.
No segundo, a pauta foi a atualização do Centro Integrado e Apoio Profissional (Ciap) para a Classificação Internacional de Doenças (CID). “Trabalhamos muito nos mapeamentos que estavam errados da CIAP para a CID”, relatou Gusso, que foi “voto vencido” na discussão de como evoluir em relação as rubricas da própria CIAP. Segundo ele, a maioria preferiu esperar a CIAP 3 para criar novas rubricas. “Minha proposta era dividir alguns "rag bags" como A98 em subrubricas como A98.1 – papanicolaou; A98.2 – imunização etc.. E, o mesmo com A77 e A78, criando subrubricas para dengue e hanseníase, mas, a maioria prefere ‘granular’ com a CID, o que não é ruim, mas precisa de prontuário eletrônico. Como é difícil alguém usar rotineiramente codificação em papel, mudará pouco na prática”.
Foram discutidos ainda as atividades do Wonca International Classification Commiitte (WICC) deste ano e a possibilidade de apoio da SBMFC no portal da entidade, o que aumentará ainda mais a visibilidade da MFC brasileira.