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Doenças do Outono: saiba quais são as de maior incidência

26 de abril de 2019

Mesmo com clima ameno, o outono é uma estação de proporciona grande receio nas pessoas com problemas respiratórios. Pela grande intensidade de alterações climáticas bruscas, os prontos-socorros ficam com salas de inalação cheias de pacientes de todas as idades em busca de alívio.

Causadas por vírus e bactérias, os problemas se proliferam com mais intensidade nessa época, causando desconforto e mal-estar, principalmente nas duas faixas etárias mais vulneráveis: crianças e idosos. Ainda, temos os grupos de risco que são os portadores de doença pulmonar, cardiopatas e imunocomprometidos são os mais afetados. Como forma de alerta, o Grupo de Trabalho de Problemas Respiratórios da SBMFC, pontua as doenças de maior incidência no período: 

Gripe: A gripe é uma doença altamente contagiosa, transmitida por aerossóis respiratórios da tosse ou dos espirros de pessoas infectadas. A OMS estima que a gripe cause comprometimento grave em 3,5 milhões de pessoas por ano. É caracterizada por febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e calafrios. Os sintomas de coriza, tosse e faringite podem ficar em segundo plano diante de manifestações sistêmicas mais intensas.  Ocorrem febre alta, em torno de 39 a 40oC, discreta hiperernia de orofaringe, rubor facial e conjuntiva vermelhas. Pode-se detectar um aumento dos gânglios cervicais.

 

Resfriado: O resfriado comum é descrito como um quadro leve, caracterizado por uma síndrome viral das vias aéreas superiores, autolimitada, com um ou mais dos seguintes sintomas: coriza nasal hialina com ou sem obstrução, espirros, dor de garganta, tosse e rouquidão. Depois de um período de 48 a 72 horas de incubação, o quadro inicia com leve mal-estar, coriza nasal, rouquidão, irritação da garganta e variável perda do olfato e paladar. Esses sintomas progridem em gravidade nos 2 a 4 próximos dias. Febre não está presente; no máximo uma febrícula.

 

Asma: uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, que caracteriza-se por hiper-responsividade brônquica e obstrução variável do fluxo de ar, podendo ser revertida espontaneamente ou com tratamento. o Brasil, a prevalência é de 20% em ambas as faixas etárias. A mortalidade por asma não é considerada elevada, mas apresenta magnitude crescente em diversos países ou regiões.

 

Rinite: A maioria das causas de rinite aguda são as infecções virais (resfriado comum), e a rinite alérgica é o tipo mais comum de rinite crônica, com prevalência em crescimento. A rinite é caracterizada pela presença de um ou mais dos seguintes sintomas: congestão nasal, rinorreia (anterior e/ou posterior) espirros e prurido. Frequentemente, é acompanhada de sintomas que envolvem olhos, orelhas e garganta. Na maior parte das vezes, existe um processo inflamatório predominante, como na rinite alérgica.

 

Sinusite: entende-se que a rinossinusite é consequência de processos infecciosos virais (as mais prevalentes), bacterianos e fúngicos (mais raramente) e pode estar associa- da a alergias, sobretudo rinite alérgica, poliose nasossinusal e disfunção vasomotora da mucosa.

 

Pneumonia: é uma doença inflamatória das vias aéreas que atinge o parênquima pulmonar, envolvendo os bronquíolos, os brônquios e, ocasionalmente, a pleura. A tosse, característica da doença, pode persistir por 4 ou mais semanas (geralmente 10 a 20 dias). O tratamento do paciente com pneumonia consiste do início precoce da terapia antimicrobiana empírica correta. As recomendações variam conforme o local em que o tratamento se realizado (gravidade da apresentação clínica do paciente).

 

Prevenção

 

Além de ter uma imunidade em alta, é preciso cuidado com o ambiente no qual a pessoa que já tem problema respiratório circula. Muitos ambientes ficam fechados para evitar a entrada daquele ar gelado, muito propício da estação. Mas é nessa ação que o perigo se encontra. Pessoas já infectadas contaminam o ambiente e como não há circulação de ar, basta uma tosse ou espirro para transmitirem vírus a outras pessoas.

 

Outras formas de prevenção é lavar as mãos, o uso de álcool em gel, evitar utilizar roupas e cobertores guardados muito tempo sem lavar.

 

Em todos os casos, o acompanhamento médico é fundamental. Muitos episódios podem ser prevenidos com orientações e abordagem em contexto familiar e comunitário, a partir de conhecimento do histórico da pessoa. Dessa forma, quando o período de maior incidência estar próximo, é possível assegurar que possíveis crises serão evitadas, proporcionando melhor qualidade de vida para a pessoa e prescrevendo ou eliminando o menor número de intervenções possíveis.

 

Referência:

Tratado de medicina de família e comunidade [recurso eletrônico) : princípios, formação e prática / Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2012. 2V.