Prezados Sócios da SBMFC,
Com grande satisfação venho apresentar-lhes a chapa para a diretoria da SBMFC, na gestão 2018-2020. O grupo que integra a futura gestão da SBMFC foi composto com grande cuidado, buscando fazer representada a diversidade que caracteriza a nossa especialidade atualmente, incluindo a preocupação com a representação de gênero. Também é um grupo que se destaca pela sua competência, pela motivação em se envolver no desenvolvimento da MFC e por sua capacidade em trabalhar de forma colaborativa.
Nos últimos anos a SBMFC vem assumindo um papel de destaque científico bastante importante, sendo uma referência na região ibero-americana e ocupando um papel de vanguarda também no cenário global. Nossos congressos vem contando sempre com um público expressivo e com uma riqueza de conteúdo que surpreende mesmo os colegas de países com mais tradição na MFC. Entre outras realizações, sediamos a 12ª Conferência Mundial de Saúde Rural, no ano de 2014 em Gramado, e a 21ª Conferência Mundial de Medicina de Família, em 2016 no Rio de Janeiro. Assim, será uma grande responsabilidade dar seguimento e aprofundar a atuação científica da SBMFC.
É fundamental destacar que o desenvolvimento científico que se alcançou é fruto da participação dos sócios da SBMFC no seu envolvimento nos nossos Congressos (contribuindo na construção da programação, no envio de trabalhos científicos e nos diversos espaços de debate), nas publicações na Revista Brasileira de MFC, no PROMEF, nos diferentes cursos que são oferecidos em parceria com a SBMFC, nos livros editados, entre outros.
Para além disso, convivemos com grandes desafios “em casa”, tanto no que se refere à consolidação da nossa especialidade como no que tange o futuro de nosso sistema de saúde. Apesar de sermos hoje cerca de 5500 médicos de família e comunidade no país, o reconhecimento do valor do MFC, em diferentes campos de atuação, ainda é algo incipiente, uma disputa permanente que precisamos fazer em prol da especialidade e da população. Em parte como uma consequência desse fato, a ociosidade de vagas de residência em MFC dificulta uma expansão maior na formação de médicos de família e comunidade, limitando o crescimento da especialidade.
Temos um problema histórico de subfinanciamento do Sistema Único de Saúde , agravado mais recentemente, o que acaba sendo também uma ameaça à própria APS e ao trabalho dos médicos de família e comunidade. Portanto, nos cabe mais do que nunca a defesa de um sistema de saúde de financiamento majoritariamente público, universal e fortemente baseado na APS.
Também devemos destacar o trabalho constante na inserção da MFC na graduação em medicina, o papel dos médicos de família e comunidade na gestão e a inserção da especialidade na saúde suplementar, o que também vem sendo um aspecto importante no trabalho pelo reconhecimento da especialidade.
É frente a esse cenário que convidamos a todos os sócios para a construção conjunta destes projetos, para juntos levarmos a diante o fortalecimento da medicina de família e comunidade.
Atenciosamente,
Daniel Knupp Augusto
Candidato a Presidente da SBMFC – Diretoria 2018-2020