A pandemia da COVID-19 chegou ao Brasil no início do ano letivo de 2020. Na ausência de um plano nacional de enfrentamento, diferentes medidas começaram a ser implementadas por governos estaduais e municipais, sem coordenação do governo federal. A resposta oficial à pandemia foi em geral baseada na abertura de leitos hospitalares e aumento da oferta de cuidados intensivos, organizando-se uma retaguarda para tratamento clínico de casos graves e redução de mortes. Dessa forma, a capilaridade e cobertura territorial da rede de atenção primária do Sistema Único de Saúde não foram aproveitadas na prevenção da doença, mediante estratégias efetivas de vigilância epidemiológica para o controle da transmissão viral.
O manifesto “Ocupar escolas, proteger pessoas e recriar a educação” produzido por 29 entidades, entre elas, a SBMFC, está publicado e disponível no link: MANIFESTO _OCUPAR ESCOLAS, PROTEGER PESSOAS, RECRIAR A EDUCACAO
“Neste momento de ausência de coordenação nacional da educação e da saúde para reduzir os danos da pandemia, é fundamental olharmos para o aprofundamento das iniquidades, em especial, considerando o racismo estrutural. Justamente são as crianças, adolescentes e mulheres negras que estão mais expostas à violência e insegurança nutricional e alimentar. Há a necessidade de maior interlocução dos campos da saúde e da educação. Pensar a Escola neste contexto, tendo as equipes de saúde da família e de APS com papel importante neste cuidado no território”, explica Ricardo Heinzelmann, diretor de graduação e pós-graduação da SBMFC, que representa a entidade no movimento Frente pela Vida.
O lançamento do documento foi realizado hoje, dia 23 de outubro, com atividade na TV ABRASCO, com representantes das entidades autoras do manifesto. Zeliete Zambon, presidente da SBMFC e Ricardo Heinzelmann, participaram com contribuições sobre a importância da abordagem da temática e o impacto na população brasileira.
Confira: Lançamento do documento “Ocupar escolas, proteger pessoas, recriar a educação”.