Cleo Borges é médico de família e comunidade. Secretário geral da SBMFC. Coordenador do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Cuiabá (UNIC). Atualmente MFC na USF-Pedra90 III da Prefeitura Municipal de Cuiabá. Mestre em Políticas e Gestão em Saúde pela Universidade de Bologna – Itália.
SBMFC: Quais serão suas atribuições como Secretário-geral da SBMFC?
Cleo: Dessa vez não vai ser fácil, vou com certeza precisar de apoio (como já tenho) de outros diretores e dos nossos apoiadores para tantas ações. Tais como: acompanhar, secretariar e lavrar reuniões da Diretoria e Conselho Diretor, supervisionar o trabalho da secretaria da SBMFC, coordenar ações da Secretaria Administrativa e assuntos pertinentes a mesma, divulgar às filiadas cópias das resoluções do Conselho Diretor, assinar acordos e convênios junto com o Presidente, redigir: relatório anual, relatórios da Diretoria e Conselho Diretor, contando com o apoio de outros membros da Diretoria, estudar questões dúbias ou não previstas nos estatutos, propondo à Diretoria alternativas de solução ou de encaminhamentos, colaborar na promoção de filiação de novos associados e suas entidades filiadas, colaborar na criação e apoio à organização e consolidação de novas associações estaduais, prezar pela ética, transparência respeito e diálogo aos sócios, incentivar a adimplência e à Titulação tendo a RM como padrão ouro de titulação, estruturar e acompanhar ferramenta e prática de planejamento estratégico situacional e participativo, construído com a Diretoria e Conselho Diretor; manter ordinariamente em caráter mensal as reuniões do Conselho Diretor; constituir rotina de “Acesso Avançado” e “Escuta Qualificada” dos associados, conseguindo em regime de ouvidoria dinâmica; acolher as críticas, sugestões e avaliações dos sócios sobre o funcionamento da entidade; e a própria necessidade de presença da mesma em pautas emergentes ou emergenciais à entidade; organizar as reuniões ordinárias e extraordinárias da diretoria e conselho, sistematizando o registro das atas das reuniões em plataforma que possam ser assinadas pelos presentes e acessadas pela diretoria e conselho diretor.
SBMFC: Como é estar de volta à diretoria, já que fez parte no cargo de diretor financeiro e de exercício profissional em gestões anteriores?
Cleo: Um prazer e uma surpresa. Prazer pelo fato da oportunidade de me reaproximar de amigos e das atividade corporativas da MFC que sempre me fizeram bem. Uma surpresa, pois a SBMFC é outra. Está grande, tem um outro formato, exigências maiores, parcerias e participações que exigem mais de todos os Diretores. Aumentamos muito enquanto sócios e representatividade nacional.
SBMFC: Entre as suas propostas, está o aumento do diálogo com os associados. Como será feita essa comunicação?
Cleo: Nos tempos de hoje, a ferramenta é mídia social. Sem ela não avançaremos. Mas não na forma individual e sim institucional. Nada mais representativo para um Diretor que ver a logo de sua instituição brilhando nas tarefas capilarizadas de cada um dos seus sócios. Nas aulas do dia a dia, com os Youtubers, Lives, profissionais em áreas remotas, camisetas em núcleos indígenas, parcerias com qualquer grupo que se identifique como minoria. Isso sim será um ganho em nossa comunicação.
SBMFC: O último CBMFC aconteceu em Cuiabá, cidade onde atua. Como foi participar da organização do evento e também proporcionar o congresso na região?
Cleo: É sempre um desafio participar de um Congresso com tanta limitação financeira, mas com a afetividade, calor humano e boa intencionalidade de todos, com parcerias fantásticas, conseguimos fazer um congresso lindo, sem despesas finais para a SBMFC e com um número imenso de participantes.
Fiquei muito emocionado e feliz ao ver a SBMFC levar uma ferramenta tão poderosa como um Congresso Nacional a uma capital de pouca relevância na APS nacional. Isto fez muita diferença para os que aqui vivem. Refletiu bem nas relações ensino-serviço e também aprendizagem, pois nos atualizamos cientificamente.
SBMFC: Na sua opinião, qual o melhor caminho para otimizar a atuação das associações estaduais?
Cleo: Infelizmente, precisamos repensar os meios de facilitar os processos associativos. Está moroso, difícil e caro às estaduais. Tentaremos propor novas formas sob aprovação em Assembléia. Mas os meios de criarmos associações em todos os estados é de extrema importância. Antigamente fazíamos visitas in loco, talvez isso não seja viável em dias como hoje. Por isso, pensar em filiar e atualizar juridicamente todas as estaduais seja necessário algumas mudanças.
SBMFC: Deseja enviar uma mensagem aos associados?
Cleo: Sim. Contem conosco. Contem com a Diretoria. Somos muitos, temos uma representatividade ampla em todos os aspectos: territorial, cores, orientações sexuais, política, inserção social, ambientes de trabalho, amor ao SUS, respeito e aproximação da Saúde Suplementar, participação junto ao CFM e AMB, enfim: somos MFC com todas as letras, não por um jargão de uma campanha política para gestão 2020-2022, somos e vivenciamos a essência de sermos M de Médicos de Família e Comunidade; F – de nos incluirmos e nos sentirmos parte de todas as definições de Família; C – de ser e fazer parte de uma Comunidade que nos abraça, nos acolhe e nos deixa participar do projeto de cuidado ao longo do tempo.