O II Congresso Carioca de APS e a I Mostra Carioca, realizados entre os dias 26 e 27 de julho, na UNIRIO – URCA, superaram a expectativa de inscritos, com a participação de mais de 800 congressistas. A organização do evento, que teve a primeira edição em 2017, ofereceu temas de mesas-redondas e oficinas com foco em atualização clinica, relfexões sobre o cuidado em APS e sobre o impacto que o corte de equipes de Atenção Primária atuantes pela Secretaria Municipal do Rio de Janeiro irá proporcionar na saúde das populações mais vulneráveis, como os moradores de comunidade e para a população negra, que compõe em 80% os usuários do SUS.
A Associação dos Médicos de Família e Comunidade do Estado do Rio de Janeiro (AMFAC-RJ) e a Associação Brasileira de Enfermagem de Família e Comunidade (ABEFACO) uniram forças para promover a segunda edição do congresso que lotou o auditório logo na primeira atividade do evento, a palestra de Eugênio Vilaça Mendes sobre Coordenação do Cuidado: Importância da APS na construção das redes de atenção à saúde.
Antes das atividades, a cerimônia de abertura contou com a presença de entidade como Nádia Ramalho, vice-presidente do Cofen; Ana Lúcia Telles, presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ); Cibele Rodrigues, da ABEFACO; Inês Maria Meneses dos Santos, Coordenadora do Curso de Graduação da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – UNIRIO; Rita Helena Borret, Presidente da Associação de Medicina de Família e Comunidade do Estado do Rio de Janeiro (AMFAC-RJ); Marcos Paulo de Oliveira Matos, Membro do Coletivo de Residentes da Atenção Primária à Saúde do Rio de Janeiro (Coletivo Rio) e Leonardo Graever, Superintendente de Atenção Primária do Município do Rio de Janeiro.
“Em um momento tão frágil da APS no municipio, em nome da Amfac-RJ, agradeço a participação ativa de todos que contribuíram, debateram, trouxeram pontos de vistas e compartilharam experiências enriquecendo ainda mais o congresso e dando forças para que sigamos em frente. E mais que isso, mostrando a importância que tivemos até aqui para o crescimento e fortalecimento da Atenção Primária no municipio, oferecendo cuidado de forma digna para milhões de cariocas.”, declara Rita Helena Borret, presidente da Amfac-RJ, médica da família e comunidade da Clínica da Família na comunidade do Jacarezinho.
Durante os dois dias do congresso, os participantes transitaram entre os prédios de enfermagem e nutrição da UNIRIO – Urca e usufruíram de discussões sobre os temas: resolutividade e autonomia do Enfermeiro na APS, NASF, longitudinalidade e sustentabilidade, tuberculose, saúde bucal, violência obstétrica, mulheres na APS, entre outros.
“O II Congresso Carioca de Atenção Primária à Saúde foi um espaço de troca de saberes e de construção coletiva. O que prevaleceu foi a interdisciplinaridade nos processos de trabalho da APS. Tivemos a presença de todas as categorias profissionais da saúde, o que permitiu uma construção muito mais rica. Os participantes salientaram esta questão, de conhecer o trabalho do outro como ponto alto do evento, além de diversas falas que reforçaram a luta por um Sistema de Saúde Público e de qualidade. Neste momento, foi fundamental promover um evento como este, para fortalecer os profissionais que atuam na APS e mostrar que o cuidado de nossos pacientes é nossa prioridade”, completa Renata Barros, membro da Comissão Organizadora – ABEFACO.
Sobre populações vulneráveis, o congresso abordou a importância do acesso à saúde pela população em Situação de Rua, refugiados na APS, população negra, LGBT e moradores de comunidades, consideradas territórios violento e/ou violado. A formação academia também marcou presença em encontros de residentes e discussão sobre formação unidade-escola.
A terceira edição do evento está nos planos das entidades organizadoras e em breve informações sobre data e local serão divulgadas. Acompanhe as novidades nas redes sociais:
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