O Grupo de Trabalho de Problemas Respiratórios da SBMFC orienta sobre a doença que tem alta prevalência no Brasil, principalmente no outono e inverno, com foco no Dia Nacional de Controle da Asma, datado em 21 de junho.
A asma (também conhecida como “bronquite asmática” ou como “bronquite alérgica”) é uma doença muito prevalente, sendo um dos principais motivos por busca de atendimento na atenção primária e nos serviços de urgência e emergência. Acomete os pulmões, sendo acompanhada de uma inflamação crônica dos brônquios (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões). Apesar dos progressos no conhecimento das causas e dos mecanismos envolvidos na asma e dos tratamentos disponíveis a asma ainda nos dias de hoje continua sendo um problema de saúde pública que pode levar à morte.
“O objetivo principal do tratamento da asma é alcançar o seu controle. Recomendações atuais enfatizam o manejo através da classificação por nível de controle, sendo classificada em: controlada; parcialmente controlada e sem controle. O controle da asma se inicia por meio de uma boa relação médico paciente e tem como componentes essenciais : a educação para execução correta da técnica inalatória com reavaliações a cada consulta; avaliação da adesão adequada ao tratamento; uso correto do espaçador; adequação da dosagem do corticoide inalatório (reduzindo a dosagem quando o paciente estiver controlado ou aumentando de acordo com as diretrizes de tratamento se o paciente não estiver controlado); e orientação para medidas de controle ambiental “, explica Luis Camilo Batista, membro do GT.
Batista ainda reforça que mesmo no outono ou em outros períodos de tempo seco é possível controlar a asma. As baixas temperaturas, fazem com que as pessoas fiquem em locais fechados por mais tempo, favorecendo a circulação dos vírus, tais como o da gripe e o do resfriado. “Além disso, o tempo pode ficar mais seco, o que também impulsiona certas alergias respiratórias e viroses. As viroses são os fatores desencadeantes mais comuns para a exacerbação da asma. Diante disso, é importante manter o ambiente o mais higiênico possível, evitando o contato do paciente com elementos desencadeantes de crise, sejam alérgenos ou irritantes”.
Confira artigos sobre o tema, publicados na RBMFC: https://bit.ly/2RsCYly.
Os fármacos utilizados no tratamento da asma podem ser de uso oral, inalatório ou injetável. A inalação é considerada a via preferencial. Existem três estratégias para ministrar drogas inalatórias: nebulização, jato de aerossol com dose fixa e inalação de pó seco. O uso de espaçador com aerossóis dosimetrados é recomendado em criança de até 6 anos de idade. Nesta faixa etária são contraindicados os inaladores de pó seco.