A tuberculose é um grave problema de saúde no Brasil e no mundo, sendo a doença infecciosa mais letal da atualidade. O Brasil é hoje o único país da América Latina que aparece na lista dos 22 países do mundo com 82 % do total dos casos diagnosticados, ficando em 17º posição. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), no Brasil, entre 2016 e 2017, houve 69.000 novos casos diagnosticados e cerca de 4.500 mortes.
A doença é a primeira causa de morte dentre as doenças infecciosas nos pacientes com AIDS em nosso país (62 % casos). Com foco no Dia Mundial de Combate à Tuberculose, datado em 24 de março, o Grupo de Trabalho de Problemas Respiratórios da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade reforça a necessidade de medidas e políticas que sejam capazes de reduzir o efeito devastador da tuberculose na população.
“Infelizmente, ainda hoje, morrem-se muitos jovens e adultos de tuberculose no Brasil. Há uma deterioração evidente de muitos serviços de controle e programas locais de TB e a DOTS não é realidade em todos os municípios brasileiros. Falhamos porque não oferecemos o acesso universal a essa população. Ainda trabalhamos priorizando agendamentos e grupos específicos (hipertensos, diabéticos, gestantes, crianças…) em detrimento de outros, falsamente rotulados como saudáveis. Temos que reforçar a importância do acesso avançado e do acolhimento na Atenção Primária à Saúde”, explica a médica de família e comunidade Kênia Sciascio, membro do Grupo de Problemas Respiratórios da SBMFC.
A educação em saúde para a população é algo que deve ser oferecido imediatamente. Dados da Universidade Federal Fluminense (UFF), de 2010, baseados em pesquisa de opinião, constataram que metade da população tinha pouca ou nenhuma informação sobre a tuberculose. Kênia reforça que ao investir em educação, pode-se acabar com os estigmas que o doente carrega, como também reduzir o número de novos casos e fazer diagnósticos e tratamentos mais rápidos.
Outro fator importante engloba os testes diagnósticos rápidos e eficazes são prioritários na atual realidade. Em 24/03/2015, a Câmara dos Deputados, comemorava a aprovação de um projeto de lei que implantava o teste rápido molecular para diagnóstico de tuberculose, para, com isso, ter uma maior rapidez no diagnóstico e início rápido do tratamento. “Mas infelizmente, essa realidade ainda não se fez presente em todos os munícipios da Federação. Também, sabe-se que a oferta dos exames diagnósticos foi de apenas 85,3 % para o total dos casos novos, de acordo com dados do PCNT (Programa Nacional de Tuberculose) 2016-2017.”.
– febre
– emagrecimento
– cansaço
– suor noturno
Pode ser feito por dois tipos de exame: radiografia do tórax e bacteriológicos.
Uma única pessoa pode contaminar pelo menos outras 15, segundo o Ministério da Saúde. A contaminação é feita por fala, espirro e tosse.
Medicamentoso, com duração de seis meses. A chance de cura quando o tratamento é feito de forma correta é de 100%.
– Em crianças, com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), aplicada entre o nascimento, até antes de completar cinco anos de idade.
– Manter ambientes ventilados e com luz solar.
– Evitar contato com pessoas já contaminadas