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Fiocruz lança livro sobre Atenção Primária no Brasil com participação de diretores da SBMFC

12 de setembro de 2018

O livro Atenção Primária à Saúde no Brasil: conceitos, práticas e pesquisa traz o capítulo Medicina de Família e Comunidade na Atenção Primária à Saúde no Brasil: potencialidades e desafios, escrito por Sandro Rodrigues (diretor do departamento de pesquisa – gestão 2016-2018), Magda Almeida (diretora de Medicina Rural da SBMFC) e Thiago Trindade (presidente da SBMFC – gestão 2016-2018). Segundo Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz, no livro recém-lançado pela editora Fiocruz, os autores relacionam o adensamento da APS à expansão da Estratégia Saúde da Família, apontando seu impacto na redução de desigualdades e iniquidades socioeconômicas. 

Magda argumenta que pela primeira vez foi produzido um capitulo sobre a formação e importância da MFC no país em um livro de Atenção Primária à Saúde do campo da Saúde Coletiva. “É importante porque reconhece a necessidade uma formação diferenciada para atuar na Estratégia da Saúde da Família no Brasil e na APS. Receber esse convite das pessoas que militam há mais de 30 anos pelo SUS ,e que defendem um sistema universal, é um reconhecimento importante para a nossa especialidade e para a SBMFC. Mostra o trabalho sério que temos desempenhado como qualificadores da APS”. 

 

“A obra vem a preencher uma lacuna ao debate sobre a qualificação da APS no Brasil, trazendo elementos importantes desde o campo da gestão e do financiamento, assim como o debate a respeito de cada profissional da saúde que compõe as equipes da ESF, discutindo as necessidades formativas e a potencialidade de cada profissão em si, trazendo com isso, a qualificação dos atributos essenciais da APS. Por fim traz questões centrais do estado da arte na pesquisa brasileira voltada para APS, evidenciando seu crescimento, mas também trazendo elementos importantes relacionados à aplicação de indicadores em pesquisa como ICSAPS, PCATOOL e o PMAQ, no monitoramento da qualidade da ESF e na demonstração da superioridade enquanto modelo prioritário para nossa APS”, explica Thiago Trindade. 

 

Já Sandro Rodrigues pontua que o livro parte de uma colaboração de profissionais da rede de pesquisa APS. Fala-se muito sobre APS, porém até o momento não existia nenhum livro com toda a robustez que essa publicação tem ao se tratar do tema. “São diferentes perspectivas, mas com uma lógica comum sobre a importância da própria defesa da APS, assim como os atributos e componentes dos profissionais que fazem parte desse modelo de atenção. Fomos convidados para estar à frente do capítulo sobre Medicina de Família e Comunidade e como é a integração desse profissional junto à Atenção Primária brasileira. O capítulo foi baseado em um histórico da própria especialidade no Brasil e a lógica do processo de trabalho. Reforçamos ainda a questão de que o médico de família não escolhe o paciente e nem o problema de saúde, mas a escolha de que atende a pessoa na sua principal necessidade”, enfatiza. 

 

Rodrigues também contribuiu para o capítulo A Utilização do Indicador Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária no Brasil, coordenado pela médica de família e comunidade Claunara Schilling, com especialistas em saúde pública e saúde coletiva. O leitor encontra a avaliação sobre tudo o que publicado sobre internações por condições sensíveis cm discussão sobre a importância do marcador para o SUS e APS brasileira. Foram feitas duas oficinas presenciais para a construção dos capítulos e foi uma experiência muito interessante. Um grande livro que será referencia no Brasil com relação aos aspectos da APS.