O município de São Bernardo do Campo, localizado na região metropolitana de São Paulo, tem 827 mil habitantes e é composto por uma grande área rural, além de bairros desordenados devido ao histórico de invasões da cidade. As informações foram apresentadas por Geraldo Reple Sobrinho, Secretário da Saúde de São Bernardo do Campo, no debate “Perspectivas para atuação do médico de família e comunidade no SUS do Estado de São Paulo”, promovido pela APMFC, dia 5 de dezembro, na cidade de São Paulo.
Para atender a demanda de toda a população, não há leitos suficientes. Hoje, a cidade conta com mais de oito mil funcionários que atuam na saúde, desses 1500 são médicos. O principal programa é a Estratégia de Saúde da Família, que está entre Atendimento Domiciliar, residências e repúblicas terapêuticas. Ao todo são 137 equipes da ESF, 36 médicos do Mais Médicos, 14 MFCs. “Os 11 residentes têm pagamento de bolsa extra de R$ 7 mil reais com boa formação. Todos que se formaram até hoje foram absorvidos”, explica Sobrinho.
A saúde de São Bernardo conta com 35 centros de saúde/unidades básicas; 3 policlínicas; 4 hospitais; 5 clínicas/centros de especialidade; 1 hospital e outras unidades de saúde que totalizam 104. "Tivemos um problema sério na região do ABC que é composta por sete municípios, apenas dois estão com serviços de saúde aberto, São Caetano do Sul e São Bernardo do Campo. Isso trouxe um incremento de 20% que dificulta todo o atendimento. A grande ouvidoria da Prefeitura é a saúde porque 15 mil pessoas procuram todos os dias esse serviço, diferentemente dos demais setores. Nós estamos permanentemente na abrangência e chegada dos usuários”, explica Sobrinho. Só em 2017 foram realizadas mais de 41 mil consultas pela ESF e a pretensão é de expandir a cobertura para 70% até o fim da gestão. Em 2018, 10 novos residentes farão parte do programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade do Município.