Nas duas últimas semanas, os Grupos de Trabalho em Saúde Mental da Wonca, WWPMH – Wonca Working Party on Mental Health ( http://www.globalfamilydoctor.com/groups/WorkingParties/MentalHealth3.aspx), e da SBMFC, em parceria com a OPAS/OMS, promoveram dois treinamentos em MI-mhGAP – Manual de Intervenções para transtornos mentais, neurológicos e decorrentes do uso de álcool e outras drogas do Programa de Ação para Reduzir as Lacunas em Saúde Mental (Mental Health Action Programme). Os treinamentos abordaram uma apresentação geral do mhGAP, bem como desenvolveram aspectos do cuidado na Depressão, no Alcoolismo e na presença de Outra queixas emocionais significativas.
Treinamento em Brasília
O primeiro foi realizado nos dias 30 e 31 de março em Brasília em parceria com a Associação Brasiliense em Medicina de Família e Comunidade (ABrMFC) e a Secretaria de Estado de Saúde do DF, tendo como facilitadoras as MFC Raquel Vaz e Ilze Kaippert e a psiquiatra e professora da UERJ Sandra Fortes. Participaram profissionais da Estratégia de Saúde da Família e da rede de Saúde Mental do DF, contando com profissionais de diferentes formações entre médicos de família, enfermeiros, psiquiatra, assistentes sociais, terapeuta ocupacional e psicólogos.
O segundo ocorreu entre os dias 6 e 7 de abril na AP 1.0, uma das 10 áreas programáticas da cidade do Rio de Janeiro coordenada pelo MFC Daniel Puig. Neste encontro foram treinados aproximadamente 80 multiprofissionais da rede municipal de saúde em atenção primária dessa região da cidade do Rio de Janeiro incluindo médicos, enfermeiros, psicólogos, dentistas, nutricionistas, educadores físicos, farmacêuticos entre outros. Os facilitadores da atividade foram os MFCs Daniel Puig e Michael Duncan, a psiquiatra Sandra Fortes, as psicólogas Karen Athie e Carolina Cardoso Manso e as enfermeiras de família e comunidade Alice Mariz e Ana Carolina Tavares Vieira.
Treinamento no Rio de Janeiro
O mhGAP é um manual clínico para consulta e ordenação do cuidado em saúde mental e problemas neurológicos, com ênfase na qualificação da avaliação e manejo dos problemas, contemplando de forma ampla as intervenções psicossociais, bem como abordando aspectos do tratamento farmacológico de forma racional. Aborda condições prioritárias como depressão, esquizofrenia, suicídio, epilepsia, demência, desordens relacionadas ao consumo de álcool e outras substâncias, bem como transtornos do desenvolvimento e mesmo outra queixas emocionais significativas ou sem explicação médica (quando há enfermidade sem doença, objeto primordial da prevenção quaternária). Trata-se de uma ferramenta excelente para o processo de educação permanente em contextos de atuação multiprofissional na atenção primária, visto que prima por uma abordagem integral e integrada, sendo bastante útil no matriciamento de saúde mental e no ensino-aprendizagem em saúde.
Para saber mais sobre o mhGAP e fazer o download do manual em português e outras línguas, acesse http://www.who.int/mental_health/mhgap/en/