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Dia Nacional de Combate à Sífilis

14 de outubro de 2016

 

 No Dia Nacional de Combate à Sífilis, datado 15 de outubro, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) indica a necessidade de um diálogo mais aberto sobre o tema

 

Não existe um programa específico de combate à sífilis dentro da Atenção Primária, mas várias recomendações voltadas para grupos populacionais estratégicos, como gestantes devido ao risco de sífilis congênita, adolescentes por terem mais práticas sexuais desprotegidas e pessoas com outras condições sexualmente transmissíveis como a gonorreia, o linfogranuloma venéreo, entre outras doenças. As Unidades Básicas de Saúde hoje devem fornecer a testagem rápida para sífilis para pessoas suspeitas, cujo resultado sai em poucos minutos e permite oportunizar o diagnóstico e tratamento.

 

As informações são da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) com foco no Dia Nacional de Combate à Sífilis, datado em 15 de outubro, que alerta para a necessidade de um diálogo mais aberto sobre o tema.

 

Na opinião do médico de família e comunidade, Rodrigo Lima, a melhor maneira de promover a sensibilização da população sobre a sífilis é conversar sobre o tema abertamente. “Podemos lembrar, por exemplo, que a sífilis causa microcefalia e isso nunca ganhou tanto espaço na mídia quanto a microcefalia por Zika vírus. Por que será que isso acontece? Provavelmente, o fato de ser uma doença sexualmente transmissível seja um fator determinante. Ainda vivemos numa sociedade cheia de tabus, onde a vítima do Zika pode ser ’exposta‘, mas da sífilis, não”.

 

Lima ressalta sobre o receio de expor o tema de maneira objetiva. “O estigma associado à doença é forte, pois ela acaba sendo associada a um comportamento condenado pela sociedade, mas praticado por boa parte das pessoas”, destaca.

 

O diretor de comunicação da SBMFC aponta a importância do MFC no combate à sífilis. “O MFC tem um papel importante por estar muito perto das pessoas, sendo idealmente o primeiro contato da pessoa doente com o sistema de saúde, o que permite identificar e tratar as pessoas mais precocemente, apontar padrões de distribuição populacional, abordar as parcerias sexuais de pessoas doentes e por poder dar mais ênfase a atividades preventivas durante as suas consultas.”