Sociedade e Associação de Medicina de Família e Comunidade apoiam a UERJ que sofre com crise financeira

26 de janeiro de 2017

A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e a Associação de Medicina de Família e Comunidade do Estado do Rio de Janeiro (AMFaC-RJ) reconhecem a excelência e a importância da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em sua atuação nos diversos âmbitos da nossa sociedade. Como universidade pública, tem se apresentado como instituição democratizadora do acesso ao conhecimento, com formação presencial e à distância, com destaque para suas ações de formação de profissionais e desenvolvimento científico da medicina brasileira.

Nos difíceis anos 70, a UERJ já se permitia construir o contraponto ao modelo hegemonicamente hospitalar e biomédico. Atualmente, através do Hospital Universitário Pedro Ernesto e de outras unidades sob sua égide, se dedica a prestar uma assistência articulada à saúde do estado do Rio de Janeiro. Dessa forma, cumpre seu papel de formar médicos que se recusem a assumir um papel de mero prestador de serviços aos interesses do mercado, que dominem as teorias de saúde e doenças e que sejam capazes de lidar de forma integral com o ser humano, tanto no âmbito individual como comunitário.

A UERJ tem sido uma instituição fundamental para a expansão do SUS, da Atenção Primária, e da Estratégia de Saúde da Família no Brasil. É pioneira na especialização em Medicina de Família e Comunidade no Brasil. Antes mesmo da histórica conferência de Alma Ata em 1978, a universidade já apontava para a necessidade de ter os Cuidados Primários como estratégia para alcançar a saúde para todos. Abriga atualmente um programa de residência com 40 vagas anuais que valoriza o trabalho da Atenção Primária à Saúde ao defender que concepções reduzidas de saúde não fazem justiça à complexidade das questões que se apresentam neste nível de atenção.

A situação financeira que se encontra a Universidade nos consterna e, diante disso, nos solidarizamos e nos unimos à UERJ, com seus corpos discente, docente e de funcionários técnicos administrativos em suas ações de defesa da instituição. É nosso desejo e esperança que o poder público possa reverter o quadro atual e preservar o pleno funcionamento desta Universidade pública, que certamente retribuirá todos os esforços com ainda mais motivos de orgulho nos anos vindouros.