Betabloqueadores podem melhorar a sobrevida de pacientes com melanoma maligno

O objetivo dos pesquisadores dos Estados Unidos e Dinamarca era estudar se o uso de betabloqueadores aumenta a sobrevida de pacientes com melanoma maligno, já que dados experimentais sugerem que hormônios de catecolamina podem ter alguma função em estimular a agressividade do melanoma maligno. Um total de 4179 pacientes diagnosticados com melanoma maligno na Dinamarca com média de acompanhamento de 4,9 anos e identificados no Registro Dinamarquês de Câncer participaram. Dados relativos ao uso de betabloqueadores, comorbidade e sobrevida foram obtidos de bases de dados médicas e administrativas. Um total de 372 (8,9%) pacientes com melanoma maligno foi tratado com betabloqueadores até 90 dias após o diagnóstico de melanoma. A duração média do betabloqueador para exposição em até 90 dias após o diagnóstico de melanoma, mais de 90 dias ou sem qualquer exposição anterior foi 7,6 anos, 1,4 anos e 0, respectivamente. Os pacientes que receberam betabloqueadores eram mais velhos, tinham mais comorbidades e mais uso de medicamentos cardiovascular e psicotrópico do que os pacientes que receberam betabloqueadores antes do diagnóstico de melanoma.

Depois de ajustes para idade e índice de comorbidade, a taxa de risco de morte por melanoma foi 0,87 e de mortalidade por qualquer causa foi de 0,81.

Os pesquisadores concluíram: “Maior tempo de sobrevida dos pacientes com melanoma e que receberam betabloqueadores sugere que o uso da droga pode ser uma promessa na estratégia de tratamento desses pacientes”. Eles disseram ainda: “As observações descritas aqui sugerem que as catecolaminas podem retardar a progressão do melanoma e que betabloqueadores podem ter um potencial ainda não reconhecido como uma intervenção terapêutica para o melanoma”.

Observação interessante, mas será que os médicos prescreveriam betabloqueadores com base nisso?

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Cancer, Epidemiology, Biomarkers and Prevention publicado online em 20 de setembro de 2011 © 2011 American Association for Cancer Research
Betabloqueadores e Sobrevida entre Pacientes Dinamarqueses com Melanoma Maligno: Um Estudo Coorte com Base na População. Stanley Lemeshow, Henrik Toft Sørensen, Gary Phillips et al. Correspondências a Ronald Glaser: Ronald.glaser@osumc.edu

Categoria: S. Pele. Palavras-chave: betabloqueadores, sobrevida, câncer, estudo coorte com base na população, Journal Watch.
Sinopse editada por Dr Stephen Wilkinson, Melbourne, Austrália. Publicado em Global Family Doctor em 21 de outubro de 2011