Na edição de março de 2010 do The Journal of the American Board of Family Medicine há uma Revisão Clínica intitulada “Gerenciamento Atual do Pectus Excavatum: Uma Revisão e Atualização das Recomendações de Terapia e Tratamento” por Dawn Jaroszewski, David Notrica, Lisa McMahon, D. Eric Steidley, e Claude Deschamps que aponta: "O pectus excavatum (PE) é uma depressão posterior do esterno e das cartilagens costais adjacentes e é frequentemente visto por prestadores de cuidados primários. O PE corresponde a mais de 90% das deformidades congênitas da parede torácica. Os pacientes com PE são muitas vezes menosprezados pelos médicos como tendo um problema sem conseqüências. Contudo, ele pode ser mais do que uma deformidade estética. Casos graves podem causar insuficiência cardiorrespiratória e limitações fisiológicas. Continuam aparecendo evidências de que estas limitações fisiológicas podem piorar conforme o paciente envelhece. Os dados relatam função cardiovascular melhorada após a correção e uma melhoria marcante na função psicossocial. O consenso mais recente tanto da comunidade pediátrica como da cirúrgica-torácica valida a correção cirúrgica do PE significativo e contradiz argumentos de que a correção é primordialmente cosmética. Realizamos uma revisão da literatura e das recomendações de tratamento atuais para pacientes com deformidades de PE.
"O médico da atenção primária precisa ter um bom entendimento da doença e perceber a importância da deformidade. A correção cirúrgica do PE pode ser realizada com segurança e mínimo risco. A referência para consideração de tratamento cirúrgico deve ser feita para casos graves. A operação para correção do PE é facilmente realizável em adolescentes, que estão próximos da idade de maturidade esquelética. O momento para a cirurgia é problemático em crianças mais jovens. Atualmente, a maioria dos cirurgiões esperará até que os pacientes cheguem à adolescência ou nos primeiros anos dela para realizar a correção. A correção durante os últimos estágios do crescimento adolescente permite que o paciente complete seu crescimento e tenha menor chance de reincidência. Crianças menores com comprometimento cardiopulmonar significativo podem também ser candidatas à correção, dependendo da gravidade de seus sintomas. Contudo, a correção em idade muito jovem pode resultar em crescimento inadequado da parede torácica e outras complicações, incluindo reincidências. A correção em adultos também é viável e já foi relatada em pacientes de até 78 anos. "
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The Journal of the American Board of Family Medicine 23 (2): 230-239 © 2010 American Board of Family Medicine
Gerenciamento Atual do Pectus Excavatum: Uma análise e atualização das Recomendações de Tratamento e Terapia. Dawn Jaroszewski, David Notrica, Lisa McMahon, D. Eric Steidley, e Claude Deschamps. Correspondências para: Dawn Jaroszewski Jaroszewski.dawn@mayo.edu
Categoria: M. Músculo-Esquelético. Palavras-chave: Pectus Excavatum, Deformidades da Parede Torácica, Defeitos Congênitos, Distúrbios Cardiovasculares, revisão clínica.
Sinopse editada por Dr Paul Schaefer, Toledo, Ohio Publicado em Global Family Doctor, 4 de maio de 2010
Traduzido para o Português pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, revisão técnica por Leonardo C M Savassi.