O impacto dos açúcares na saúde é um tópico de discussão médica e popular. Pesquisadores dos Estados Unidos avaliaram a associação entre o consumo de açúcares dietéticos adicionados e níveis lipídicos no sangue. Eles realizaram um estudo transversal em adultos (n = 6113) a partir da Pesquisa Nacional de Exame da Saúde e Nutrição (NHANES). Os participantes foram agrupados pelos açúcares dietéticos adicionados.
Os pesquisadores relatam que: "Uma média de 15,8% de calorias consumidas vinha de açúcares adicionados. Entre os participantes que consumiam menos de 5%, 5% a menos de 17,5%, 17,5% a menos de 25%, e 25% ou mais de energia total como açúcares adicionados, as médias ajustadas dos níveis de HDL-C foram, respectivamente, 58,7, 57,5, 53,7, 51,0, e 47,7 mg/dL, as médias geométricas dos níveis de triglicerídeos foram 105, 102, 111, 113, e 114 mg/dL, e os níveis de LDL-C modificados por sexo foram 116, 115, 118, 121, e 123 mg/dL entre as mulheres. Não houve tendências significativas nos níveis de LDL-C entre homens. Entre os grandes consumidores (10% de açúcares adicionados), as chances de níveis baixos de HDL-C foram de 50% a mais de 300% maiores se comparadas ao grupo de referência (menos de 5% de açúcares adicionados)".
Os pesquisadores concluíram: "Neste estudo, houve uma correlação estatisticamente significativa entre os açúcares dietéticos adicionados e os níveis lipídicos sanguíneos entre adultos dos EUA".
Este estudo levanta maiores interesses sobre o impacto dos açúcares adicionados na saúde.
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JAMA 303(15):1490-1497, 21 de abril de 2010 © 2010 American Medical Association
Consumo de Adoçantes Calóricos e Dislipidemia entre Adultos dos EUA. Jean A. Welsh, Andrea Sharma, Jerome L. Abramson, Viola Vaccarino, Cathleen Gillespie, Miriam B. Vos.
Categoria: T. Endócrino/Metabólico/Nutricional. Palavras-chave: açúcar, açúcares adicionados, dislipidemia, hiperlipidemia, colesterol, estudo transversal, observatório de revistas.
Sinopse editada por Dr Paul Schaefer, Toledo, Ohio. Publicado em Global Family Doctor, 7 de maio de 2010
Traduzido para o Português pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, revisão técnica por Leonardo C M Savassi.